As investigações sobre o assassinato de Ianny Marry Barreto Lira, jovem de 26 anos encontrada morta em sua residência em Cajazeiras, Sertão da Paraíba, no dia 15 de outubro de 2023, foram concluídas e revelam a autoria do crime. Segundo o inquérito policial obtido pelo g1, o responsável pelo feminicídio seria um homem de 28 anos, com quem Ianny mantinha um relacionamento. O ex-marido, Danilo da Silva Barreto, que inicialmente foi preso sob suspeita, foi absolvido após o teste de DNA afastar seu envolvimento.
De acordo com a Polícia Civil, a investigação apontou que Ianny Marry foi morta por asfixia, com sinais claros de violência, incluindo um pano na boca e mãos amarradas. A ausência de indícios de arrombamento na residência, localizada no bairro Sol Nascente, levou os investigadores a concluir que o autor do crime era conhecido da vítima e teve sua entrada permitida.
A análise do material genético coletado das unhas da vítima foi determinante para identificar o autor. Exames comprovaram que o DNA encontrado não era de Danilo, seu ex-marido, mas de um homem com quem ela se relacionava. A delegada Ana Valdenice Praxedes, que conduz o caso, solicitou a prisão preventiva do indiciado por feminicídio em 10 de setembro de 2024. No entanto, o Ministério Público da Paraíba ainda não acatou o pedido, o que é necessário para que a Justiça emita a ordem de prisão.
O inquérito também detalha o possível motivo do crime. Análises de mensagens trocadas no celular de Ianny Marry revelaram que a jovem estava organizando uma viagem para Portugal para trabalhar e ponderava a possibilidade de reatar com Danilo, seu ex-marido, que voltaria em breve para a cidade. O homem indiciado, que nutria sentimentos por Ianny, teria reagido com ciúmes diante da possibilidade de separação definitiva, o que teria culminado em um desentendimento e, posteriormente, no homicídio.
O Ministério Público da Paraíba ainda não emitiu uma resposta oficial sobre o pedido de prisão preventiva do indiciado. O órgão foi contatado, mas devido à falta de expediente nesta segunda-feira (28), a solicitação permanece pendente. Também foi procurado o juiz Macário Oliveira, responsável pela comarca de Cajazeiras, mas ele não se manifestou até a última atualização desta reportagem.
Por Patos Online
Com informações do g1 PB