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CRUZEX 2024: Exercício aéreo militar com participação de 16 países é visto no céu da região de Patos
A edição de 2024, programada para acontecer de 3 a 15 de novembro na Base Aérea de Natal, reúne 16 países, mais de 3.000 militares e cerca de 100 aeronaves, entre brasileiras e estrangeiras.
07/11/2024 12h42 Atualizada há 10 minutos
Por: Felipe Vilar Fonte: Patos Online com FAB
Foto: Reprodução/Patosonline

Na manhã desta quinta-feira (07), moradores de diversas cidades da Região Metropolitana de Patos puderam contemplar o maior treinamento multinacional de guerra da América Latina, o Exercício Cruzeiro do SUL (CRUZEX) 2024. Este é um exercício multinacional e operacional organizado pela Força Aérea Brasileira (FAB) desde 2002, que visa o treinamento conjunto em cenários de conflito e promove a troca de experiências entre os países participantes.

A edição de 2024, programada para acontecer de 3 a 15 de novembro na Base Aérea de Natal, reúne 16 países, mais de 3.000 militares e cerca de 100 aeronaves, entre brasileiras e estrangeiras.

Veja abaixo alguns registros feitos por internautas durante os treinamentos na manhã desta quinta (07):

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Esse é o maior treinamento multinacional de guerra da América Latina, liderado pela Força Aérea Brasileira, com a participação do Exército e da Marinha do Brasil. Estão previstas mais de 1.500 horas de voo, com vários tipos de missões, incluindo ataque ao solo, superioridade aérea, escolta e reabastecimento em voo.

Nesta edição, a Força Aérea Brasileira introduziu dois novos elementos em suas operações: os domínios cibernético e espacial. O primeiro contará com exercícios simulados que expandem o treinamento ao integrar operações cibernéticas e aéreas, testando a segurança de sistemas críticos que dão suporte às atividades aeroespaciais. O último incluirá simulações realistas de eventos relacionados ao espaço que influenciam diretamente a tomada de decisões e, consequentemente, o curso de um conflito.

Estão participando do Exercício de 2024: Brasil, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, França, Alemanha, Itália, Paraguai, Peru, Portugal, África do Sul, Suécia, Uruguai e Estados Unidos.

Alertas aéreos avançados, ataques terrestres, reabastecimento em voo, patrulhas aéreas de combate, escolta, varreduras, transporte aéreo de carga e pessoal e muito mais. Essas são algumas das ações da Força Aérea que ocorrerão durante o Exercício Cruzeiro do Sul (CRUZEX) 2024, realizado na Base Aérea de Natal (BANT) até 15 de novembro.

CRUZEX 2024 é o maior exercício multinacional da América Latina e apresenta diversas inovações. Para a Força Aérea Brasileira, o exercício inclui várias aeronaves, como o F-39 Gripen ao lado do A-1, A-29 e F-5. A Marinha do Brasil contribuiu com o A-4, enquanto outras nações trouxeram aeronaves como o F-15 dos Estados Unidos, o F-16 do Chile, o AT-27 do Paraguai, o IA-63 da Argentina e o KT-1P do Peru.

F-39 Gripen

As atividades do F-39 Gripen incluem Operações de Oposição Aérea, coordenadas pelo Líder do Pacote de Defesa Aérea.

Além disso, este caça é equipado com sistemas de autodefesa embarcados, incluindo o Radar Warning Receiver (RWR), Infrared Search and Track (IRST) e Missile Approach Warning System (MAWS), essenciais para detectar e combater ameaças. Os cenários de exercício exigem capacidades de reação rápida, conhecidas como “Threat Reaction”, onde o F-39 testa sua capacidade de resposta. O caça passa por avaliação em missões táticas avançadas, desempenhando funções ofensivas (Offensive Counter Air, OCA) e defensivas (Defensive Counter Air, DCA).

Segundo o Tenente-Coronel Ramon Lincoln Santos Forneas, Comandante do Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA), os pilotos da CRUZEX em treinamento operam tanto como forças inimigas quanto aliadas, sendo esta última sua função principal.

“Nesse contexto, conduziremos operações de Contra-Ataque Aéreo Ofensivo (OCA), onde o F-39 Gripen protegerá forças amigas enquanto elas executam ações em território inimigo, bem como operações de Contra-Ataque Defensivo (DCA) visando a defesa contra ataques inimigos”, explicou o Tenente-Coronel Forneas. 

Outro aspecto crítico medido durante a CRUZEX 2024 é a taxa de sobrevivência em combate do F-39 Gripen, utilizando o Mission Planning Assistance II (PMA II), um sistema que simula o impacto das ameaças no cenário e fornece uma análise detalhada do desempenho de cada vetor.

“A CRUZEX 2024 promete ser um teste extensivo para o F-39 Gripen, consolidando seu papel estratégico na defesa nacional e fornecendo uma visão mais clara de sua adaptabilidade e resiliência em ambientes de combate modernos”, disse o comandante do GDA.

Avião de caça

O caça F-5 é encarregado de missões de defesa aérea e se destaca por sua capacidade de gerenciar formações táticas, servindo também como Líder de Pacote de Defesa Aérea. Sua função é proteger o espaço aéreo, coordenando ações de defesa e escolta contra ameaças e garantindo a segurança de aeronaves e ativos estratégicos. O F-5 também é avaliado em operações de reabastecimento em voo, crucial para estender o alcance da missão.

Projetado para missões de ataque e reconhecimento, o caça A-1 desempenha um papel significativo na liderança tática como Comandante de Missão em cenários de missão aérea composta. Esta aeronave coordena formações e conduz ataques em operações integradas enquanto também realiza reconhecimento aeroespacial, desempenhando um papel estratégico neste contexto.

O A-29 Super Tucano conduz ataques integrados, oferecendo desempenho versátil ao engajar alvos terrestres com armamento convencional. Equipado para responder a ameaças aéreas e terrestres, o A-29 tem sistemas de autodefesa que aumentam sua eficácia em operações de ameaças mistas.

Participação Internacional

Para a CRUZEX 2024, os Estados Unidos trouxeram o F-15 Eagle ao Brasil pela primeira vez. O Major Michael Scott, um dos pilotos, destacou a importância do exercício, enfatizando o aprendizado mútuo que as forças aéreas ganham ao operarem juntas.

O oficial americano destacou que os F-15 vieram da 159ª Ala de Caça da Guarda Aérea Nacional da Louisiana, sediada na Base Aérea Naval da Reserva Conjunta em Nova Orleans, e que a oportunidade de treinar no Brasil apresenta novos desafios e oportunidades de treinamento para pilotos e militares.

“O desempenho do F-15 em missões de combate é uma das principais especialidades da aeronave. Estamos aqui para aprimorar nossas capacidades de cooperação e fortalecer laços com nossos aliados”, disse ele, ressaltando a importância de simular cenários realistas de combate aéreo para reforçar a prontidão de todos os participantes.

 

Por Patos Online
Com trechos e informações da Agência Força Aérea