O deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), considerado um dos principais nomes para suceder Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara dos Deputados, manifestou-se nesta terça-feira (12) sobre a proposta de emenda à Constituição (PEC) que visa o fim da escala de trabalho 6×1. Em reunião com parlamentares da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), Motta destacou a importância de um debate equilibrado, que envolva tanto trabalhadores quanto empregadores.
“É um tema que nós temos e vamos discutir, mas não ouvindo apenas um lado. Temos de ouvir também quem emprega, temos de ouvir os dois lados”, afirmou o deputado. Ele preferiu não se declarar favorável ou contrário à PEC, enfatizando que o foco deve ser um debate respeitoso e construtivo. “A Câmara não pode se transformar numa Casa onde o debate fique prejudicado, às vezes, por agressões pessoais, verbais, que em nada contribuem com o debate”, acrescentou.
A PEC em questão foi apresentada pela deputada Erika Hilton (PSol-SP) e é resultado de uma iniciativa do Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), fundado pelo vereador eleito do Rio de Janeiro Rick Azevedo (PSol). Com um abaixo-assinado que já reúne mais de 1,6 milhão de assinaturas, a proposta defende uma mudança significativa na jornada de trabalho brasileira, estabelecendo quatro dias de trabalho por semana, com um limite de oito horas diárias e 36 horas semanais. A compensação de horários ou redução de jornada poderia ser ajustada mediante acordo coletivo.
O projeto de Hilton visa promover um equilíbrio entre vida profissional e pessoal, mas enfrenta resistência de setores empresariais que temem o impacto nas operações. Com a manifestação de Hugo Motta, a expectativa é que o tema seja amplamente discutido no Congresso, buscando consenso entre os interesses de trabalhadores e empregadores.
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texto produzido com base em informações divulgadas pelo site metrópoles