A comunidade acadêmica do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), Campus Patos, enfrenta uma grave crise de abastecimento de água há mais de uma semana, com quase todos os blocos, incluindo o Bloco II de Engenharia Civil, afetados pela escassez. A situação chegou a um ponto crítico nesta semana, levando o Centro Acadêmico (CA) de Engenharia Civil a decretar uma paralisação estudantil nesta quinta-feira (14) devido às condições. A falta de água compromete atividades básicas e, segundo estudantes, atinge até mesmo os bebedouros, o que agrava ainda mais o desconforto e o risco de higiene inadequada.
A Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) foi acionada na semana passada, mas a solução definitiva para o problema ainda não foi alcançada. Segundo os alunos, embora a empresa tenha feito visitas técnicas, o abastecimento segue insuficiente, e os estudantes se queixam de demora na resolução. "Estamos agoniados sem água! Desde o começo da semana, os técnicos vêm ao campus, mas nada é feito de fato para solucionar o problema", comentou um aluno do curso de Engenharia Civil.
Sobre o assunto, o Patosonline.com conversou com o diretor do campus, Ronaldo Lima, que confirmou a crise no abastecimento desde a última sexta-feira (08). Ele disse que chegou a adotar medidas iniciais, como a suspensão dos banhos por parte dos alunos, com a expectativa de que a situação se normalizasse após o final de semana; porém, a falta de água apenas se agravou.
Ronaldo destacou que já esteve in loco na sede da gerência regional da Cagepa, em Patos, para oficializar medidas urgentes de combate à crise no abastecimento do campus.
Em resposta, a Cagepa enviou uma nota à nossa equipe nesta quinta-feira (14), explicando que, após visita técnica, constatou que o campus está atualmente abastecido por um ramal de 20 mm — uma tubulação com o mesmo diâmetro utilizado para abastecer residências populares, que não corresponde à demanda atual da instituição. Durante a inspeção técnica, representantes do IFPB Campus Patos informaram à Cagepa que, embora o campus tenha passado por diversas ampliações nos últimos anos, não houve uma solicitação formal para a atualização da infraestrutura de abastecimento.
Como encaminhamento, o IFPB ficou responsável por realizar um estudo interno para definir a quantidade de água necessária para atender à demanda total de seus blocos e, em seguida, encaminhar esses dados à Cagepa. A companhia de abastecimento comprometeu-se a realizar as obras de ampliação do sistema de abastecimento para garantir que o campus tenha acesso integral à água. A Cagepa avaliou a visita como positiva e destacou que o encontro também abriu perspectivas de parcerias com o IFPB, que oferece cursos nas áreas de interesse da companhia.
A Cagepa informa que, atendendo a uma reclamação de falta de água no Instituto Federal da Paraíba (IFPB), Campus Patos, técnicos da empresa estiveram no local para realizar uma inspeção. Durante a vistoria, constatou-se que o campus está sendo abastecido, porém, a ligação que atende a unidade ainda é feita por um ramal de 20 mm — o mesmo diâmetro utilizado para abastecimento de residências populares.
Em conversa com representantes do IFPB Campus Patos, foi informado que o campus passou por diversas ampliações ao longo dos últimos anos, mas que, até o momento, não houve uma solicitação formal à Cagepa para a ampliação da vazão do sistema de abastecimento que atende a unidade.
Ficou acordado entre as equipes da Cagepa e do IFPB que o instituto realizará um estudo para identificar a quantidade de vazão necessária para o funcionamento pleno da instituição e encaminhará essas informações à Cagepa. Com isso, a Cagepa se compromete a realizar a obra de ampliação de vazão para garantir o abastecimento integral do campus.
A visita técnica foi avaliada como bastante positiva, pois houve uma troca enriquecedora de conhecimentos técnicos entre as duas instituições públicas, abrindo possibilidades para futuras parcerias. Vale destacar que o Campus Patos do IFPB oferece cursos superiores e técnicos nas áreas de interesse da Cagepa, o que poderá gerar oportunidades de colaboração no desenvolvimento de mão de obra qualificada.