A taxa de desemprego no Brasil recuou para 6,2% no trimestre encerrado em outubro (de agosto a outubro de 2024). Essa é a menor taxa da série histórica, iniciada em 2012. Os dados estão presentes na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (29/11).
O recuo foi de 0,6 ponto percentual frente ao trimestre de maio a julho de 2024, quando o nível de desemprego do país era de 6,8%. No mesmo período do ano passado, a taxa de desocupação atingiu 7,6% (queda de 1,4 ponto percentual) da população em idade apta para trabalhar (pessoas de 14 anos ou mais).
Em números absolutos, a quantidade de pessoas desocupadas (que não estavam trabalhando e que procuravam por emprego) foi de 6,8 milhões – menor contingente em uma década, ou seja, desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014.
Segundo a Pnad Contínua, a população desempregada apresentou recuo de 8% (menos 591 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior, e de 17,2% (menos 1,4 milhão de pessoas) quando comparado ao mesmo período do ano passado.
A população ocupada chegou a 103,6 milhões e bateu novo recorde da série histórica iniciada em 2012. A marca cresceu nas seguintes comparações: 1,5% (mais 1,6 milhão de pessoas) no trimestre e 3,4% (mais 3,4 milhões de pessoas) no ano.
O número da população em idade de trabalhar no Brasil chegou a 58,7% (ou seja, 103,6 milhões de pessoas estão empregadas). Essa taxa de ocupação é recorde na série histórica, crescendo 0,8 ponto percentual no trimestre e 1,5 ponto percentual no ano.
Confira os principais destaques da Pnad Contínua:
Conforme a Pnad Contínua, três dos 10 grupos de atividade econômica analisados pelo IBGE puxaram a alta da ocupação (ou seja, número da população empregada) no Brasil frente ao trimestre anterior (maio a julho). São eles:
Somados, esses grupamentos ganharam mais 751 mil trabalhadores no trimestre.
“Esses três grupamentos de atividades responderam por quase metade do crescimento de total da ocupação no trimestre (1,6 milhão), sendo o destaque para a Construção, que registrou sua maior expansão em 2024”, explica Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE.
Os desempregados receberam, em média, R$ 3.255 por mês no trimestre encerrado em outubro, por todos os trabalhos presentes na pesquisa. O IBGE classifica isso como rendimento médio habitual.
Em comparação ao trimestre anterior, o rendimento aumentou 2,4%. No ano, houve crescimento de 3,9%.
A massa de rendimento, soma dos valores recebidos por todos esses trabalhadores, ficou na casa dos R$ 332,6 bilhões. Segundo o levantamento, ela também registrou estabilidade na comparação trimestral e cresceu 7,7% na anual.
Fonte: Metrópoles