O dólar hoje renovou novamente o seu recorde histórico de fechamento. A moeda americana encerrou esta segunda-feira (2) em alta de 1,11% cotada a R$ 6,0680, depois de oscilar entre máxima a R$ 6,0919 e mínima a R$ 59959. Esta é a segunda vez seguida em que a divisa finaliza a sessão em um nível acima de R$ 6.
O mercado ainda digere o pacote fiscal do governo anunciado na última semana. As propostas incluem o alinhamento do modelo de reajuste do salário mínimo à regra de despesas do arcabouço fiscal (com crescimento de no máximo 2,5% e, no mínimo, 0,6% ao ano acima da inflação), a imposição de um teto para reajustes salariais no setor público, regras mais rígidas de elegibilidade e triagem para o acesso a benefícios sociais, entre outras mudanças explicadas nesta reportagem do Estadão.
Na visão do mercado, as medidas apresentadas são incertas e pouco direcionadas, além de não serem tão claras quanto aos seus benefícios para a política fiscal. Outra preocupação está relacionada à aprovação das propostas pelo Congresso nacional. Investidores temem que nem todos os projetos recebam o aval do Legislativo.
A cotação do dólar já vem em uma trajetória de alta acentuada há algumas semanas. Até o final de outubro, a Ptax tinha uma valorização acumulada de quase 20% em 2024; a 3ª maior para o período nos últimos 15 anos. Naquele mês, como mostramos aqui, a espera pelo prometido pacote de corte de gastos pesava sobre o mercado.
A última semana trouxe a apresentação das tão aguardadas medidas, mas o plano do governo não agradou. Ao longo do pregão da sexta-feira (29), o dólar chegou a ser negociado a R$ 6,11, o maior valor nominal da história. Ao encerrar o mês de novembro em R$ 6,00, a moeda americana acumula uma valorização de 25,04% em 2024.
Em meio à forte valorização da divisa, a Quantum Finance realizou, a pedido do E-Investidor, um levantamento com os dez maiores valores nominais de fechamento do dólar comercial na história. Chama a atenção que cinco deles foram registrados neste ano. Confira abaixo:
Loading...
Fonte - O Estadão