O valor do salário mínimo aprovado pelo Congresso Nacional nesta quarta-feira (18), por meio da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), ficou abaixo da proposta inicial enviada pelo Governo Federal.
A previsão aprovada estabeleceu o salário mínimo de 2025 em R$ 1.502, o que representa um aumento de R$ 90,00 (6,37%). No entanto, esse valor é R$ 7,00 inferior à proposta inicial do Governo Federal, que era de R$ 1.509,00, conforme a peça orçamentária enviada no dia 9 de dezembro. Em termos percentuais, o reajuste originalmente previsto era de 6,87%.
O novo valor segue agora para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ainda pode fazer alterações. O cálculo levou em conta a correção pela inflação, estimada em 3,35%, e o crescimento do PIB, projetado em 2,9%.
Na prática, a LDO serve como base para a elaboração e execução do Orçamento do próximo ano, definindo metas que devem ser seguidas pelo governo. Para 2025, manteve-se a previsão de déficit zero, ou seja, as despesas devem ser iguais à arrecadação.
O reajuste do salário mínimo tem impacto significativo nas despesas governamentais, especialmente nos benefícios previdenciários e assistenciais, que são vinculados ao piso nacional. Estima-se que cada R$ 1,00 de aumento no salário mínimo gere uma despesa adicional de aproximadamente R$ 392 milhões para o governo. Assim, um reajuste para R$ 1.509 implicaria um acréscimo de cerca de R$ 38 bilhões nas despesas obrigatórias.