Educação Denúncia
Funcionários denunciam empresa Saile por não conceder férias e pagamento do terço de férias
O salário referente a dezembro foi pago, e o pagamento do mês de janeiro está previsto para o início de fevereiro. Contudo, o terço de férias, direito garantido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), não será pago neste momento, conforme informado pela empresa.
11/01/2025 09h00
Por: Felipe Vilar Fonte: Patos Online
Crédito: Getty Images/iStockphoto

Funcionários da rede estadual estão denunciando a empresa Saile, que presta serviços ao governo do estado, por não conceder férias remuneradas nem pagar o terço de férias devido aos trabalhadores. O caso gerou revolta entre os colaboradores, que contavam com o benefício para realizar viagens ou resolver pendências pessoais.

Em contato com o Patos Online, um dos colaboradores que presta serviços em Imaculada-PB, informou que na última sexta-feira (10), a empresa emitiu um comunicado informando sobre o retorno das atividades para a próxima segunda-feira, 13 de janeiro. O salário referente a dezembro foi pago, e o pagamento do mês de janeiro está previsto para o início de fevereiro. Contudo, o terço de férias, direito garantido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), não será pago neste momento, conforme informado pela empresa.

Contradições e antecipação de retorno

Em 26 de dezembro de 2024, a Saile havia comunicado que todos os colaboradores, exceto os considerados essenciais para o funcionamento das escolas, entrariam em um recesso de 30 dias, com retorno previsto para 24 de janeiro de 2025. No entanto, o novo comunicado antecipou esse retorno para 13 de janeiro, gerando confusão e insatisfação entre os trabalhadores.

Confira o comunicado: 

Os trabalhadores alegam que, em vez de conceder férias remuneradas, como é exigido pela CLT, a empresa afastou os funcionários sem pagamento durante o recesso escolar. Tal prática contraria o Artigo 129 da CLT, que garante o direito a 30 dias de férias anuais remuneradas, acrescidas do terço constitucional. Além disso, a antecipação do retorno ao trabalho foi vista como uma tentativa de minimizar custos às custas dos direitos trabalhistas dos colaboradores.

“Isso é um absurdo! Todos nós contávamos com as férias para viajar ou resolver algo importante. Agora, ficamos sem o benefício e ainda temos que voltar antes do prazo previsto”, desabafou um dos denunciantes que preferiu não se identificar.

Os trabalhadores esperam que as autoridades competentes, incluindo o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o governo estadual, intervenham para garantir o cumprimento dos direitos trabalhistas. Eles também pedem que a empresa regularize a situação, concedendo as férias remuneradas e o terço de férias devidos.

O Patosonline.com não consegiu contato com a empresa Saile, mas deixa o espaço aberto para quaisquer esclarecimentos. E-mail: falecom@patosonline.com.

 

Por Patos Online