Na manhã desta sexta-feira (21), policiais civis, militares e penais da Paraíba voltaram a protestar em frente à Granja Santana, residência oficial do governador, em João Pessoa. Essa é a quarta manifestação da categoria em 2025, motivada pela busca por melhores condições salariais e valorização profissional.
De acordo com Suana Melo, representante do movimento, a categoria reivindica um reajuste que equipare os salários à média do Nordeste, atualmente em torno de R$ 13 mil para um policial civil investigador em início de carreira. Atualmente, o salário desses profissionais gira em torno de R$ 6 mil.
"Aqui o interesse dos profissionais da segurança é valorização e reconhecimento. Os policiais trabalharam para produzir os melhores resultados, mas infelizmente as propostas que o governo apresentou não fazem com que os policiais cheguem à média do Nordeste", declarou Suana à rádio CBN.
Na última proposta apresentada pelo Governo da Paraíba, foi oferecido um reajuste de 10% parcelado, o que foi rejeitado pelos policiais. Segundo Wágner Falcão, presidente da Associação dos Policiais Penais da Paraíba, o aumento real seria menor devido à incorporação de uma bolsa de desempenho ao vencimento base, fazendo com que os impostos incidam sobre um valor maior.
“O Governo desvaloriza a polícia quando faz uma proposta que não atende nossas necessidades. Ele apresentou 5% de aumento linear, mas, na prática, não representa ganho real para a categoria. A incorporação da bolsa ao salário faz com que o policial acabe perdendo dinheiro”, afirmou.
Os policiais já haviam realizado três manifestações este ano. Nos dias 8 e 22 de janeiro, os atos aconteceram na Epitácio Pessoa e no Centro Administrativo do Estado, em Jaguaribe. Já na última sexta-feira (14), a categoria também se reuniu na Granja Santana.
No protesto desta sexta, os manifestantes interditaram uma das faixas da Avenida Ministro José Américo de Almeida (Beira-Rio), onde fica a residência oficial do governador. Durante o ato, realizaram uma assembleia geral unificada e deliberaram os próximos passos do movimento antes de liberar a via.
Em nota, o Governo do Estado reafirmou que tem investido na valorização dos profissionais da segurança pública, citando medidas como:
Apesar disso, a categoria afirma que ainda não houve negociação direta com o governo e que os protestos devem continuar até que as demandas sejam atendidas.
Por Patos Online
Com informações do g1 PB