Após audiência de custódia realizada neste domingo, o Poder Judiciário decretou a prisão temporária de Lúcio Ramay Oliveira Freitas, de 44 anos, suspeito de assassinar a farmacêutica Arlanza Jéssica dos Santos Ramalho, de 34 anos. O crime aconteceu na noite de sexta-feira (21) e foi descoberto nas primeiras horas do sábado (22).
De acordo com informações do repórter Pabhlo Rhuan, da Rádio Arapuan, Lúcio compareceu à audiência acompanhado de seu advogado particular, e a decisão judicial determinou que ele permaneça preso por 30 dias. Inicialmente, o suspeito foi encaminhado para a Cadeia Pública de Malta, mas pode ser transferido para o presídio especial do Valentina, em João Pessoa, dependendo do avanço do caso e da confirmação de sua vinculação ao Exército Brasileiro.
O Ministério Público agora analisa as provas e, caso considere haver elementos suficientes, poderá formalizar a denúncia contra o suspeito. Caso contrário, pode solicitar a prorrogação da prisão por mais 30 dias.
Na delegacia, Lúcio Ramay afirmou ser sargento reformado do Exército, lotado no 31º Batalhão de Infantaria Motorizado de Campina Grande. O delegado Claudionor informou que a polícia irá confirmar essa informação junto ao Comando do Exército. De acordo com a Polícia, o suspeito também possui antecedentes criminais, incluindo passagens por porte ilegal de arma de fogo e ameaça com arma.
O caso segue em investigação, e a prisão temporária é um passo importante para garantir o andamento do processo e evitar interferências. O crime chocou a comunidade e gerou mobilização em prol da justiça para Arlanza Jéssica, cuja morte é tratada como um caso de feminicídio.
Seu corpo foi sepultado na manhã deste domingo (23), no município de São José de Caiana, sua terra natal.
Arlanza foi encontrada morta com golpes de tesoura nas primeiras horas do último sábado (22). O acusado do crime é seu, até então, companheiro, Lúcio Ramay Oliveira Freitas, de 44 anos, identificado como sargento reformado do Exército. Ele foi preso em flagrante na cidade de Santa Luzia, enquanto tentava fugir.
À polícia, Lúcio alegou ter presenciado a namorada sendo agredida por supostos sequestradores e, após isso, fugiu. A versão, no entanto, foi considerada inverossímil e aumentou as suspeitas contra ele.
O delegado Claudionor, da Delegacia de Homicídios e Entorpecentes (DHE), afirmou que, segundo amigas da vítima, o casal estava junto há poucos meses, mantendo contato por mensagens no WhatsApp. Na sexta-feira (21), Lúcio chegou a Patos e saiu com Jéssica para um espetinho próximo à antiga Campal. Por volta das 21h, retornaram ao apartamento, onde o crime ocorreu.
Conforme o delegado, a gravação das imagens de segurança do prédio mostraram que no dia do crime, apenas o suspeito e a vítima entraram no apartamento onde o corpo foi encontrado. Os proprietários do imóvel informaram que Lúcio nunca havia visitado o apartamento antes.
"A gente começou a levantar a questão do relacionamento deles e, pelo que as amigas dela relataram, estavam juntos desde o Ano-Novo e se comunicavam por mensagens no WhatsApp. Ontem, ele chegou aqui, e à noite saíram para um espetinho próximo à Campal, retornando depois para o apartamento da vítima. Provavelmente por volta das 21h, ele desferiu um golpe de tesoura, tirando a vida da vítima", detalhou o delegado.
Dr. Claudinor Lúcio, disse que o suspeito mantinha um sentimento de posse em relação à vítima e o namoro dos dois, apesar de ser recente, era conturbado.
"A motivação [do crime] se tratou do sentimento possessivo que ele tinha com relação à vítima, e não aceitava as várias vezes em que a vítima acabava o relacionamento. [...] Uma amiga muito próxima da vítima que disse que eles acabavam constantemente o relacionamento", explicou o delegado.
Por Patos Online
Com informações de Pabhlo Rhuan