Policial Prisão
Após audiência de custódia, Justiça decreta prisão temporária de suspeito de feminicídio da farmacêutica Arlanza Jéssica
Lúcio compareceu à audiência acompanhado de seu advogado particular, e a decisão judicial determinou que ele permaneça preso por 30 dias.
23/02/2025 21h45 Atualizada há 5 horas
Por: Felipe Vilar Fonte: Patos Online com Pabhlo Rhuan
Foto: reprodução

Após audiência de custódia realizada neste domingo, o Poder Judiciário decretou a prisão temporária de Lúcio Ramay Oliveira Freitas, de 44 anos, suspeito de assassinar a farmacêutica Arlanza Jéssica dos Santos Ramalho, de 34 anos. O crime aconteceu na noite de sexta-feira (21) e foi descoberto nas primeiras horas do sábado (22). 

De acordo com informações do repórter Pabhlo Rhuan, da Rádio Arapuan, Lúcio compareceu à audiência acompanhado de seu advogado particular, e a decisão judicial determinou que ele permaneça preso por 30 dias. Inicialmente, o suspeito foi encaminhado para a Cadeia Pública de Malta, mas pode ser transferido para o presídio especial do Valentina, em João Pessoa, dependendo do avanço do caso e da confirmação de sua vinculação ao Exército Brasileiro. 

O Ministério Público agora analisa as provas e, caso considere haver elementos suficientes, poderá formalizar a denúncia contra o suspeito. Caso contrário, pode solicitar a prorrogação da prisão por mais 30 dias.

Na delegacia, Lúcio Ramay afirmou ser sargento reformado do Exército, lotado no 31º Batalhão de Infantaria Motorizado de Campina Grande. O delegado Claudionor informou que a polícia irá confirmar essa informação junto ao Comando do Exército. De acordo com a Polícia, o suspeito também possui antecedentes criminais, incluindo passagens por porte ilegal de arma de fogo e ameaça com arma.

O caso segue em investigação, e a prisão temporária é um passo importante para garantir o andamento do processo e evitar interferências. O crime chocou a comunidade e gerou mobilização em prol da justiça para Arlanza Jéssica, cuja morte é tratada como um caso de feminicídio.

Seu corpo foi sepultado na manhã deste domingo (23), no município de São José de Caiana, sua terra natal. 

 

Sobre o crime

Arlanza foi encontrada morta com golpes de tesoura nas primeiras horas do último sábado (22). O acusado do crime é seu, até então, companheiro, Lúcio Ramay Oliveira Freitas, de 44 anos, identificado como sargento reformado do Exército. Ele foi preso em flagrante na cidade de Santa Luzia, enquanto tentava fugir.

À polícia, Lúcio alegou ter presenciado a namorada sendo agredida por supostos sequestradores e, após isso, fugiu. A versão, no entanto, foi considerada inverossímil e aumentou as suspeitas contra ele.

O delegado Claudionor, da Delegacia de Homicídios e Entorpecentes (DHE), afirmou que, segundo amigas da vítima, o casal estava junto há poucos meses, mantendo contato por mensagens no WhatsApp. Na sexta-feira (21), Lúcio chegou a Patos e saiu com Jéssica para um espetinho próximo à antiga Campal. Por volta das 21h, retornaram ao apartamento, onde o crime ocorreu. 

Conforme o delegado, a gravação das imagens de segurança do prédio mostraram que no dia do crime, apenas o suspeito e a vítima entraram no apartamento onde o corpo foi encontrado. Os proprietários do imóvel informaram que Lúcio nunca havia visitado o apartamento antes.

"A gente começou a levantar a questão do relacionamento deles e, pelo que as amigas dela relataram, estavam juntos desde o Ano-Novo e se comunicavam por mensagens no WhatsApp. Ontem, ele chegou aqui, e à noite saíram para um espetinho próximo à Campal, retornando depois para o apartamento da vítima. Provavelmente por volta das 21h, ele desferiu um golpe de tesoura, tirando a vida da vítima", detalhou o delegado. 

Dr. Claudinor Lúcio, disse que o suspeito mantinha um sentimento de posse em relação à vítima e o namoro dos dois, apesar de ser recente, era conturbado. 

"A motivação [do crime] se tratou do sentimento possessivo que ele tinha com relação à vítima, e não aceitava as várias vezes em que a vítima acabava o relacionamento. [...] Uma amiga muito próxima da vítima que disse que eles acabavam constantemente o relacionamento", explicou o delegado.

Por Patos Online
Com informações de Pabhlo Rhuan