Esportes Copa do Brasil
Árbitro relata arrombamento de vestiário e pertences revirados após Sousa x Bragantino
Clube do interior da Paraíba alega prejuízo financeiro e vai entrar com pedido no STJD para afastamento do árbitro Caio Max Augusto Vieira, da federação goiana
28/02/2025 14h55
Por: Felipe Vilar Fonte: ge PB
Árbitro Caio Max Augusto Vieira — Foto: Augusto César Gomes/ge

Sousa e Bragantino se enfrentaram na noite da quinta-feira (27) pela primeira fase da Copa do Brasil de 2025. Após empate por 1 a 1 no tempo normal, o time paulista avançou nos pênaltis, vencendo por 5 a 4. A partida foi marcada por reclamações do Dino quanto ao tempo de acréscimos dado pelo árbitro Caio Max Augusto Vieira, que registrou na súmula dificuldades para sair de campo e a invasão do vestiário da equipe de arbitragem, com a porta arrombada e pertences revirados.

O primeiro tempo foi disputado, mas sem gols. Na segunda etapa, Ian Augusto abriu o placar para o Sousa com um gol de cabeça. O time paraibano manteve a vantagem até os acréscimos, quando o árbitro sinalizou oito minutos adicionais. Aos 52 minutos, concedeu mais um, e, aos 54, o Bragantino empatou, levando a decisão para os pênaltis.

Nas cobranças, ambas as equipes converteram quatro penalidades cada. Na quinta cobrança do SousaLuan Rodrigues parou no goleiro Cleiton. Em seguida, o próprio arqueiro converteu para o Bragantino, garantindo a classificação do time paulista e a eliminação do Dinossauro. Caso tivesse avançado, o clube paraibano enfrentaria o São José-RS na segunda fase e receberia R$ 1 milhão em premiação.

Na súmula, Caio Max, da federação goiana, relatou que, após os pênaltis, houve uma "invasão de inúmeras pessoas", impedindo a equipe de arbitragem de deixar o campo. O árbitro também descreveu que o presidente do SousaAldeone Abrantes, se dirigiu à equipe com insultos, chamando de "ladrão, safado, corrupto" e afirmando que ele "roubou R$ 1 milhão do clube".

Ainda segundo a súmula, ao conseguirem deixar o gramado com apoio do policiamento, os árbitros encontraram a porta do vestiário arrombada e os pertences revirados. O quarto árbitro, Tiago Ramos de Oliveira, do quadro paraibano, teve um óculos danificado, de acordo com a súmula.

Sousa vai entrar com medidas legais contra o árbitro

Nos bastidores, o Sousa planeja tomar medidas legais contra Caio Max Augusto Vieira, alegando prejuízo financeiro com os acréscimos considerados excessivos. O clube também pretende solicitar a exclusão do árbitro do quadro da CBF, apontando que ele já esteve envolvido em outra polêmica no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

Em outubro de 2024, o Goiás entrou com pedido de impugnação de uma partida contra o América-MG, válida pela Série B, devido a uma decisão de Caio Max. O árbitro inicialmente validou um gol da equipe goiana no empate por 2 a 2, mas, após consulta ao VAR, anulou o lance. A decisão gerou insatisfação entre jogadores, comissão técnica e diretoria do Esmeraldino, que contestaram a arbitragem após a partida. Em novembro, o pleno do STJD negou provimento ao pedido do Goiás.

Fonte: ge PB