Policial Boemia
Escondido em imóvel de bairro nobre em Recife, Fernando Cunha Lima curtia cerveja, piscina e sorvete enquanto polícia o procurava
O médico foi preso pela Polícia Civil da Paraíba, nesta sexta-feira (7), após ser encontrado em um flat no bairro do Janga, município de Paulista, na região metropolitana do Recife, em Pernambuco.
08/03/2025 05h00 Atualizada há 21 horas
Por: Felipe Vilar Fonte: ClickPB
Foto: reprodução

Escondido em Pernambuco, o pediatra Fernando Cunha Lima curtia cerveja, piscina e sorvete enquanto a Polícia Civil o procurava para cumprir o mandado de prisão expedido pela Justiça da Paraíba. O médico foi preso pela Polícia Civil da Paraíba, nesta sexta-feira (7), após ser encontrado em um flat no bairro do Janga, município de Paulista, na região metropolitana do Recife, em Pernambuco.

O médico foi denunciado pelo Ministério Público por abuso sexual contra seis crianças no próprio consultório na Paraíba e também foi acusado pelas sobrinhas. Como o caso delas ocorreu há muito tempo, já prescreveu, mas elas prestaram depoimento como testemunhas.

Imagens obtidas pelo ClickPB mostram que Fernando aproveitou a vida nesses quatro meses em que ficou foragido. Nesse período, ele curtiu piscina, cerveja, casquinha de sorvete e até almoço em família em Porto de Galinhas. Em 5 de novembro de 2024, a Polícia Civil esteve no apartamento de Fernando para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão. O pediatra não foi encontrado e a polícia recolheu vários materiais que foram submetidos à perícia para ajudar na investigação.

Na coletiva de imprensa realizada ontem após a prisão do médico, o delegado Rafael Bianchi, da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO), informou que Fernando Cunha Lima estava na casa da filha no Recife, mas, ao descobrirem que ele poderia ser preso, o alvo foi deslocado para o município de Paulista, onde foi localizado nesta sexta-feira. A DRACO estava acompanhando a movimentação do imóvel até executar a prisão.

O delegado informou que a equipe bateu à porta e a esposa de Fernando Cunha Lima atendeu, sem resistência. Foi dada a voz de prisão e o médico foi levado pelos policiais.

Ainda conforme o delegado Rafael Bianchi, Fernando tinha uma rede de apoio dos filhos, esposa e genro em Pernambuco.

“O primeiro imóvel que ele ficou foragido, que é o da filha, é um imóvel de classe média-alta. O apartamento num bairro nobre da cidade, no bairro Casa Forte. Mas por ali ele ficou pouco tempo. Tanto é que quando o Gaeco e a Draco foram até o imóvel em novembro de 2024, ele havia saído dali há uma semana. Mas ele deixou os seus celulares e alguns pertences”, disse Rafael.

“O segundo imóvel que ele ficou foragido foi na cidade de Paulista. Mas é um imóvel de baixo padrão, bem ruim para o padrão que o médico tinha aqui em João Pessoa. Mas ali também ele ficou algum tempo, só algumas semanas. E em definitivo ele ficou no terceiro imóvel, também na cidade de Paulista, um imóvel de classe média, com apartamento com dois quartos, cozinha e sala e um banheiro. Nada de luxo no local”, complementou o delegado.

Fernando Cunha Lima foi trazido a João Pessoa, mas ainda tinha retorno marcado para Pernambuco para ser submetido a audiência de custódia no estado vizinho para falar das condições de sua prisão, até ser novamente conduzido à Paraíba.

Participaram da coletiva de imprensa, na tarde desta sexta-feira, o delegado-geral da Polícia Civil da Paraíba, André Rabelo, o promotor de Justiça Bruno Lins, que ofereceu as denúncias contra Fernando Cunha Lima, o delegado Cristiano Santana, superintendente regional da Polícia Civil em João Pessoa, a delegada Andréa Lima, da Delegacia de Crimes Contra a Infância e Juventude e o delegado Rafael Bianchi, da DRACO.

Fonte: ClickPB