O Frei Gilson, líder religioso da congregação Carmelitas Mensageiros do Espírito Santo, foi alvo de críticas de setores da esquerda nas redes sociais após realizar uma transmissão ao vivo no YouTube na madrugada da última quarta-feira (5), reunindo mais de 1 milhão de fiéis. A transmissão marcou o início do Santo Rosário, que é realizado pelo Frei ao longo de 40 dias no período da Quaresma.
No X (antigo Twitter), algumas publicações associaram o frei ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e à produtora Brasil Paralelo. "O Frei é a aposta do bolsonarismo pra tomar a igreja católica", escreveu uma internauta. Outros usuários acusaram o religioso de ter recebido apoio de um padre investigado pela Polícia Federal.
Eu tava só vendo o povo iludido com esse Frei Gilson. Sempre soube que era bolsonarista. Essa raça de gente não presta. E o povo acordando 4h da manhã pra rezar com ele.
— Bianca Archanjo (@bia_archanjo) March 9, 2025
Acordar cedo para lavar uma calçada, estudar ou ir correr no parque ninguém quer. Aí morre burro, sedentário e com a casa sebosa e a culpa é do capeta ou do Lula. Detalhe: esse careca é padreco vinculado ao Brasil Paralelo. Compreenderam o sucesso? https://t.co/HShSOJUjEv
— Helder Maldonado (@heldermaldonado) March 7, 2025
Diante das críticas, Frei Gilson recebeu uma enxurrada de mensagens de apoio de políticos e líderes religiosos. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que é evangélico, gravou um vídeo defendendo o frei. Apesar das divergências teológicas entre suas religiões, o parlamentar destacou que a maior instituição de caridade do mundo é a igreja das duas vertentes. O deputado acrescentou que as críticas partem de pessoas que “odeiam Cristo” e chamou o frei de “uma pessoa extraordinária”.
"Fica aqui a minha solidariedade, o meu apoio ao frei Gilson, aos católicos. Obviamente, temos as nossas divergências, mas isso, obviamente, não nos divide no sentido de amor a Cristo. Pelo contrário, isso só mostra que cada vez mais é necessário a gente ir nos purificando e penetrando mais denso ainda no que é o Cristianismo para poder lutar contra o inimigo comum que nós temos, que, de fato, é o diabo. Se ele estivesse cantando música pornográfica ou incentivando o crime, ninguém falaria nada. Mas como ele está levando Cristo para as pessoas, incomoda", declarou.
O motivo é um só: odeiam Cristo. pic.twitter.com/KqlRV10BRf
— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) March 9, 2025
Bolsonaro também se manifestou, postando uma foto do frei e, em seguida, afirmando que ele “vem sendo atacado pela esquerda” por seu sucesso em evangelizar. "A fé cristã nunca se curvou à perseguição e não será diferente agora", escreveu o ex-presidente. Sua esposa, Michelle Bolsonaro, compartilhou uma imagem do religioso com a mensagem: “Que Deus te proteja e o livre do homem mau”.
- Frei Gilson ( @FreiGilsonCMES ) cada vez mais se apresenta como um fenômeno em oração, juntando milhões pela palavra do Criador. Por isso, cada vez mais, vem sendo atacado pela esquerda.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) March 9, 2025
- A fé cristã nunca se curvou à perseguição e não será diferente agora. Minha… pic.twitter.com/tftnr35Z5T
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, evangélica, repostou uma imagem do religioso em seu Instagram e escreveu: “Que Deus te proteja e o livre do homem mau”.
Outras figuras públicas, como a deputada federal Chris Tonietto (PL-RJ) e a vereadora Zoe Martínez (PL-SP), também se posicionaram contra as críticas direcionadas ao frei. O padre José Eduardo, da Diocese de Osasco (SP), ironizou os ataques, chamando-os de "recalque": "Os fulanos não conseguem juntar nem mil pessoas, daí surge um fradezinho e junta um milhão", comentou.
Natural de São Paulo, Frei Gilson ingressou na vida religiosa aos 18 anos e atualmente, com 38, lidera o grupo musical católico Som do Monte. Durante a pandemia, iniciou transmissões ao vivo durante a madrugada, um horário que, segundo ele, é voltado a quem enfrenta momentos de aflição.
Com mais de 7 milhões de seguidores no Instagram, Frei Gilson se tornou uma das principais referências religiosas do país nas redes sociais, atraindo fiéis com suas orações, reflexões e músicas católicas.
Por Patos Online
Com informações do Metrópoles e da Revista Oeste