Policial Após denúncia
Polícia identifica bar que realizava 'bingo de mulheres' e ouve testemunhas na PB
A investigação teve início após um padre denunciar, durante uma missa, a existência de um bingo que sorteava mulheres em um bar na Paraíba.
13/03/2025 00h25 Atualizada há 8 horas
Por: Felipe Vilar Fonte: g1 PB
Foto: Reprodução/Polícia Civil

A Polícia Civil da Paraíba afirma que identificou um bar suspeito de realizar o “bingo de mulheres”, na cidade de Lagoa de Dentro, e ouviu testemunhas. O caso foi denunciado publicamente por um padre durante uma missa transmitida ao vivo no domingo (9). Segundo a denúncia, mulheres seriam sorteadas como prêmios.

De acordo com o delegado Sylvio Rabelo, um dos proprietários do bar prestou depoimento e negou a irregularidade. Rabelo afirmou que os donos do estabelecimento são pai e filho, e que costumam receber mulheres envolvidas com a prostituição no local.

O padre Adauto Tavares, responsável pela denúncia, também foi ouvido pela polícia. Segundo o delegado, o padre descobriu o bingo durante conversas informais com fiéis, após uma missa realizada em um sítio próximo ao bar.

“Ele relatou que, como líder religioso, tinha a obrigação de comunicar os fatos. Por isso, fez a denúncia durante a missa dominical, e a Polícia Civil tomou conhecimento, iniciando as investigações. De fato, existe um bar nesse sítio que estava promovendo esse tipo de bingo", destacou o delegado.

Entenda o caso

O caso foi denunciado publicamente por um padre durante missa transmitida ao vivo no domingo (9). Segundo a denúncia, mulheres seriam os prêmios nos sorteios.

A denúncia foi feita pelo padre da Paróquia São Sebastião, Adauto Tavares, que mencionou o suposto esquema durante a missa. Ele afirmou que pessoas ligadas à igreja estariam envolvidas e pediu que o caso fosse levado à Justiça.

O Ministério Público da Paraíba anunciou na segunda-feira (10) que abriu um procedimento para apurar as denúncias. No dia seguinte, a Polícia Civil também afirmou que abriu um inquérito para investigar as denúncias.

O Ministério Público da Paraíba já havia informado que o primeiro passo da investigação seria ouvir o padre para obter mais informações sobre os possíveis envolvidos e vítimas. O órgão também reforçou que a Promotoria de Jacaraú está aberta para receber novas denúncias.

O delegado Sylvio Rabelo explicou que o caso pode envolver diferentes crimes, como corrupção de menores, favorecimento à prostituição, aliciamento e comércio de seres humanos. “Que violam inclusive os direitos humanos”, acrescentou.

“Já estamos tomando depoimento dos conselheiros tutelares e de pessoas da cidade. Estamos marcando e ajustando o momento para que o pároco seja ouvido. Nós vamos prosseguir com as investigações. São relatos graves. Nosso objetivo é chegar aos autores”, afirmou o delegado Sylvio Rabelo.

A Polícia Civil deve se reunir com o Ministério Público para discutir o caso.

Fonte: g1 PB