Luiz Batista de Lucena, paciente oncológico atendido pelo Hospital do Bem, em Patos, procurou a equipe do Patos Online nesta quarta-feira (09) para denunciar a longa espera pela medicação Abiraterona, essencial para o tratamento de sua condição de saúde. Segundo ele, a solicitação do remédio foi feita em 21 de janeiro deste ano, junto à 6ª Gerência Regional de Saúde (GRS), mas, passados quase três meses, o medicamento ainda não foi entregue.
“Eu não consegui ainda, não. Eu dei entrada, faço tratamento no Hospital do Bem, mas até agora, nada. Me disseram que o governo do estado não está repassando o dinheiro para fazer a compra do medicamento. Só que tem muita gente dizendo que está recebendo. E aí, eu fico sem, me prejudicando”, relatou Luiz, visivelmente aflito.
Na tentativa de garantir o acesso ao remédio, o paciente procurou a Defensoria Pública. No entanto, ele afirma que o processo é burocrático e a data marcada para apresentação dos documentos foi agendada apenas para o dia 26 do próximo mês. “É uma burocracia danada... só pra poder levar a papelada e dar entrada”, lamentou.
A reportagem entrou em contato com o gerente da 6ª Gerência Regional de Saúde, José Francisco de Souza, mais conhecido como Zeca, que esclareceu a situação. Segundo ele, a medicação solicitada está em processo de aquisição pela Secretaria Estadual de Saúde, sendo uma compra centralizada e de responsabilidade do governo estadual.
“A Secretaria do Estado não repassa o dinheiro para que a gente possa comprar essa medicação aqui. A compra é feita de forma estadual e, depois, os medicamentos são distribuídos para todas as gerências regionais. A gente apenas faz a dispensação. Agora, mais uma vez, vou buscar informações junto à Secretaria de Estado para saber em que estágio está essa aquisição”, afirmou o gerente.
Ele ainda reconheceu a legitimidade da reivindicação feita pelo paciente. “Entendo o processo de dor pelo qual o usuário está passando. Ele tem todo o direito de reivindicar a chegada do medicamento, e por isso vamos entrar em contato com a Secretaria de Saúde em João Pessoa para verificar a situação”.
Por Patos Online