Os aposentados do setor rural foram os principais alvos do golpe dos descontos indevidos nos benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). De acordo com auditoria realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU), cerca de 67% dos descontos irregulares atingiram aposentados rurais, enquanto os aposentados do setor urbano representaram 33% das vítimas.
O escândalo provocou uma crise no governo federal e culminou na queda do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, que pediu demissão do cargo na última sexta-feira, 2, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para o seu lugar, foi nomeado o então secretário-executivo da pasta, Wolney Queiroz. Ele já havia participado, em 2023, de uma reunião em que Lupi foi alertado sobre o aumento das denúncias relacionadas aos descontos não autorizados em aposentadorias e pensões.
O crescimento expressivo dos débitos direcionados a associações e sindicatos motivou a Polícia Federal a deflagrar, na semana passada, a Operação Sem Desconto, que apura o esquema. As investigações também levaram à exoneração do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.
Para ocupar a presidência do INSS, Lula nomeou o procurador federal Gilberto Waller Júnior, que vinha atuando como corregedor da Procuradoria-Geral Federal, órgão ligado à Advocacia-Geral da União (AGU).
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Texto produzido com base em informações divulgadas pelo Jornal O Estadão