Na manhã desta segunda-feira (5), um adolescente de 15 anos foi atacado por um cachorro da raça pitbull no bairro de Gramame, em João Pessoa, enquanto caminhava pelas ruas em direção à escola para buscar a prima mais nova. O caso aconteceu por volta das 11h e gerou grande comoção entre moradores da região.

Segundo informações de familiares, o jovem, que mora com a tia, os avós e a prima de 10 anos, realizava um trajeto rotineiro. No entanto, ao passar por uma rua onde o tutor do cão estava com o animal, foi surpreendido pelo ataque. Imagens de câmeras de segurança mostram o homem conduzindo o pitbull com coleira, mas sem o uso de focinheira — acessório obrigatório para cães de grande porte e potencialmente perigosos.

Testemunhas afirmaram à Polícia Militar que o tutor estava no local instantes antes do ataque. De acordo com uma tia do adolescente, o ataque foi repentino, sem tempo para que o garoto reagisse. "Foi um susto grande. Acordei com a notícia. Ele foi socorrido por uma mulher que passava na hora e levado para um posto. O tutor do cachorro fugiu e não prestou ajuda. Só queremos que seja feita justiça", relatou, emocionada.

O adolescente foi levado inicialmente à Unidade de Saúde da Família Boa Esperança e, posteriormente, ao Lactário da Torre, onde recebeu quatro doses da vacina antirrábica. Ele sofreu ferimentos no braço e segue em estado de saúde estável, embora apresente sinais de trauma psicológico.

O tenente Pereira, do 5º Batalhão da Polícia Militar, esteve na unidade de saúde e confirmou a gravidade da situação. “Ao chegar lá, encontrei o garoto com o braço mordido. Felizmente, ele estava próximo da unidade de saúde e foi rapidamente atendido. O tutor do cão deixou o local e não deu nenhum tipo de apoio à vítima”, lamentou.

Até o momento, o responsável pelo animal e o próprio cachorro ainda não foram localizados. A Polícia Militar segue em diligências e busca por novas imagens e informações que possam auxiliar na identificação do tutor. A corporação orienta que casos de cães soltos, sem focinheira ou condução adequada, sejam denunciados imediatamente pelo número 190.

“É importante lembrar que, ao ver um animal sem focinheira, sem guia de segurança e em local público, a população deve acionar a polícia antes que uma tragédia aconteça”, reforçou o tenente Pereira.

A família da vítima agora espera por justiça e medidas que evitem que novos ataques como este voltem a ocorrer.

Por Patos Online
Com informações do g1 PB