O Auditório Municipal Professora Lucinda Justo, em Mãe d’Água, foi palco de mais um importante momento do Programa Família Acolhedora, que tem transformado a realidade de crianças e adolescentes em situação de risco na região. O evento contou com a presença da Coordenadora Regional do Polo sediado em Patos, Ilma Correia, e da psicóloga Lígia Oliveira, que destacaram o compromisso do município com a iniciativa.
O prefeito Jucélio Pereira Moura, acompanhado da primeira-dama Ires Nunes, reforçou o engajamento da gestão municipal com o programa, ao lembrar que a adesão de Mãe d’Água aconteceu ainda no início da implantação regional, durante um evento promovido pelo Ministério Público na cidade de Teixeira. Desde então, o município tornou-se referência na VI Região, com duas famílias habilitadas e dois acolhimentos efetivados, experiência considerada modelo pela coordenação estadual.
Durante o encontro, Ilma Correia enalteceu o trabalho desenvolvido pela equipe local, especialmente da assistente social Mônica Cristina, responsável por articular as ações entre município e estado. Ela também detalhou o funcionamento do programa, que garante acolhimento temporário de até 18 meses — prorrogáveis — para crianças e adolescentes de zero a 18 anos, até que possam retornar às famílias de origem, serem adotados ou tenham outro encaminhamento definido pela Justiça.
O acolhimento é feito por famílias previamente habilitadas, que passam por um processo de formação e são acompanhadas por uma equipe técnica. Elas não podem adotar os acolhidos, mas têm o papel fundamental de oferecer proteção, afeto e um ambiente seguro durante o período determinado. O apoio financeiro é garantido pelo Estado no primeiro acolhimento, com repasse mensal equivalente a um salário mínimo por criança, podendo chegar a três salários para até cinco acolhidos. A partir do segundo acolhimento, os custos passam a ser assumidos pelo município.
Atualmente, na 6ª Regional de Patos, o programa conta com 11 famílias cadastradas, duas delas acolhendo, quatro crianças e adolescentes acolhidos, um caso de desacolhimento e 17 famílias já capacitadas para participar do projeto.