Na tarde desta segunda-feira (12), um cão em situação de rua foi encontrado agonizando na Praça Nossa Senhora de Fátima, no bairro Belo Horizonte, em Patos (PB), e acabou morrendo horas depois, sem receber nenhum tipo de atendimento emergencial. O episódio foi registrado por populares e ativistas da causa animal e gerou revolta e comoção nas redes sociais.

Segundo relatos de uma protetora independente, o animal já apresentava sinais de sofrimento desde o início da manhã.

“Desde de manhã esse cachorro estava se tremendo, agonizando. Postamos nas redes, avisamos em grupos, mas ninguém apareceu para ajudar. Uma amiga foi lá à noite, tentou dar um medicamento, mas já o encontrou morto, deitado entre as plantas”, contou a ativista, visivelmente abalada.

O cão demonstrava sintomas compatíveis com cinomose, uma doença viral altamente contagiosa entre cães, que causa convulsões, tremores musculares, fraqueza e, em muitos casos, é fatal. A suspeita levanta ainda mais preocupação sobre a falta de um protocolo emergencial para casos de zoonoses e enfermidades graves em animais de rua.

De acordo com os ativistas, o Canil Municipal de Patos funciona apenas no turno da manhã, das 7h às 11h30, e não possui um canal público de atendimento fora desse horário, o que dificulta resgates urgentes como o que ocorreu nesta segunda.

Além disso, ONGs locais afirmam que não recebem animais com suspeita de cinomose, alegando risco de contágio e falta de estrutura para isolamento. O Hospital Veterinário (HV) também não realiza atendimentos a casos de rua com doenças infectocontagiosas, o que, na prática, cria um vazio na assistência aos animais doentes em situação de abandono.

O Patos Online deixa o espaço aberto caso a Secretaria de Bem-Estar Animal queira se pronunciar em relação ao caso. 

Por Patos Online