Política Segurança Pública
Presidente da Associação dos Agentes de Trânsito do Brasil cobra inclusão efetiva nas políticas de segurança durante reunião do Conselho Nacional de Segurança Pública
Em sua fala, Antonio Coelho destacou que foram necessários seis anos desde a promulgação da Lei do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) para que o Ministério finalmente reconhecesse a representação dos Agentes de Trânsito no Conselho.
04/06/2025 16h15 Atualizada há 2 dias
Por: Felipe Vilar Fonte: Patos Online
Foto: divulgação

Nesta quarta-feira, 4 de junho de 2025, está sendo realizada a 11ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Segurança Pública (CNSP), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Durante o encontro, que reúne representantes de diversas entidades e setores ligados à segurança pública, o presidente da Associação Nacional dos Agentes de Trânsito do Brasil (AGTBRASIL), Antonio Coelho, fez duras críticas à exclusão da categoria em programas e políticas públicas federais.

Em sua fala, o dirigente destacou que foram necessários seis anos desde a promulgação da Lei do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) para que o Ministério finalmente reconhecesse a representação dos Agentes de Trânsito no Conselho. Ele agradeceu ao ministro Ricardo Lewandowski e ao secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, por viabilizarem essa conquista. No entanto, fez questão de registrar em ata que a categoria continua sendo ignorada nos programas e instrumentos do sistema, como o PRONASCI II (Programa Nacional de Segurança com Cidadania).

O presidente da AGTBRASIL também criticou a exclusão dos Agentes de Trânsito da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 18/2025, decisão que, segundo ele, desconsidera os debates realizados durante a 10ª Reunião Ordinária do CNSP. “É incoerente constitucionalizar o SUSP e, ao mesmo tempo, excluir os Agentes de Trânsito que participaram de sua construção. Isso é seguir na contramão do fortalecimento do sistema”, afirmou.

Outro ponto levantado durante a reunião foi a alegação do Ministério da Justiça de cortes orçamentários como justificativa para a ausência de ações voltadas à categoria. Em resposta, a AGTBRASIL apontou que o Projeto de Lei 2234/2023 poderia contribuir com recursos adicionais ao Fundo Nacional de Segurança Pública, mas segue sem a devida atenção.

A categoria dos Agentes de Trânsito tem reiteradamente cobrado maior reconhecimento e valorização por parte do Governo Federal. Eles reivindicam a inclusão nos programas de capacitação, financiamento e estruturação de segurança pública, além de reconhecimento constitucional como integrantes operacionais do SUSP.

A 11ª Reunião Ordinária do CNSP segue ao longo do dia com discussões sobre diretrizes, propostas e políticas para o setor. A participação da AGTBRASIL reforça o apelo por uma abordagem mais inclusiva na construção de políticas públicas de segurança em âmbito nacional.

Por Patos Online
Com informações da AGT Brasil