Política Extradição
Moraes manda Justiça formalizar pedido de extradição de Zambelli, determina prisão definitiva e comunica Câmara
Ministro também notifica Câmara para cassação de mandato; deputada licenciada está na Itália e foi incluída na lista vermelha da Interpol
07/06/2025 23h30
Por: Felipe Vilar Fonte: CNN Brasil
Foto: Reprodução/ STF e Câmara dos Deputados

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou neste sábado (7), que o Ministério da Justiça formalize o pedido de extradição da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP).

"Determino à Secretaria Judiciária que remeta ao Ministério da Justiça e Segurança Pública os documentos necessários para formalizar o pedido de extradição de CARLA ZAMBELLI SALGADO DE OLIVEIRA, nos termos do Tratado de Extradição entre a República Federativa do Brasil e a República Italiana, e da Lei 13.445/17", diz trecho da decisão de Moraes.

O ministro ordenou ainda que a documentação seja encaminhada em português e traduzida para o italiano, idioma oficial da República Italiana. Isso porque, de acordo com a Polícia Federal, a parlamentar desembarcou no Aeroporto de Roma Fiumicino, na Itália, na manhã de quinta-feira (5).

Zambelli anunciou, na última terça-feira (3), em suas redes sociais, que estava fora do Brasil, com destino a Europa. No dia seguinte, Alexandre de Moraes determinou a prisão da deputada, a suspensão de seu passaporte e a inclusão de seu nome na lista de foragidos internacionais da Interpol.

Prisão definitiva

Além da extradição, Moraes determinou o cumprimento de pena imediata de Carla Zambelli. O ministro também mandou notificar o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre a perda de mandato da parlamentar.

A decisão ocorre após a Primeira Turma do STF ter rejeitado o último recurso de Zambelli contra sua condenação. Ela deve cumprir 10 anos de prisão, perda de mandato e pagamento de indenização de R$ 2 milhões.

Condenação

Zambelli foi condenada em maio deste ano pelos crimes de invasão de dispositivo informático, falsidade ideológica e inserção de dados falsos no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena inclui 10 anos de prisão, perda do mandato parlamentar e multa.

O hacker Walter Delgatti Netto foi sentenciado a oito anos e três meses de prisão, também em regime inicial fechado, e multa de 480 salários-mínimos. Os dois devem pagar juntos R$ 2 milhões por danos morais e coletivos.

Fonte: CNN Brasil