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No plenário, André Fernandes critica postura do presidente da Câmara, Hugo Motta: “Traição e feito de palhaço“
Fernandes, que apoiou Motta na disputa pela presidência da Câmara em fevereiro deste ano, afirmou sentir-se “enganado” e cobrou que qualquer decisão envolvendo perda de mandato de parlamentar seja submetida à deliberação do conjunto dos deputados.
11/06/2025 17h25 Atualizada há 1 mês
Por: Felipe Vilar Fonte: Patos Online com Conexão Política
Fotos: Reprodução/TV Câmara

O deputado federal André Fernandes (PL-CE) fez duras críticas ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), durante discurso nesta terça-feira (10), após a Casa Legislativa sinalizar que poderá apenas cumprir a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) pela cassação da deputada Carla Zambelli (PL-SP), sem levar o caso ao plenário.

Fernandes, que apoiou Motta na disputa pela presidência da Câmara em fevereiro deste ano, afirmou sentir-se “enganado” e cobrou que qualquer decisão envolvendo perda de mandato de parlamentar seja submetida à deliberação do conjunto dos deputados.

“Resgate a força da Câmara dos Deputados! Não aceite que um deputado seja cassado, seja qual for o motivo, sem o aval desta Casa!”, afirmou o parlamentar. “Dizer que simplesmente vai acatar a decisão é um desrespeito. É um chute na cara do presidente, é um chute na cara dos parlamentares e é um chute também na cara da oposição.”

 
 
 
 
 
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Em resposta, o paraibano Hugo Motta não recuou diante da pressão e rebateu de forma firme:

“Não vai ser Vossa Excelência, insinuando que eu sou isso ou aquilo, que me fará agir a favor ou contra esse tema. Eu não funciono no grito”, declarou o presidente da Câmara.

A polêmica teve início após decisão do STF que condenou a deputada Carla Zambelli por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma, o que levou à determinação da perda de mandato parlamentar. Inicialmente, Motta indicou que a Câmara apenas cumpriria a decisão judicial, o que gerou reações imediatas, principalmente da bancada conservadora.

Diante da repercussão, o presidente da Câmara ajustou sua posição nesta terça e afirmou que seguirá o rito previsto no Regimento Interno, garantindo direito de defesa e votação em plenário.

“Com relação ao cumprimento da decisão acerca do mandato, darei o cumprimento regimental. Vamos notificar para que ela possa se defender e a palavra final será a palavra do plenário”, concluiu Hugo Motta.

O episódio amplia a tensão entre alas da direita e o comando da Câmara, num momento em que decisões do Supremo sobre parlamentares voltam ao centro do debate político em Brasília.

Por Patos Online
Com informações do Conexão Política