Mundo Guerra no Oriente
Papa Leão XIV clama por paz em conflito entre Israel e Irã e alerta para “precipício irreparável”
O pontífice expressou profunda preocupação com os desdobramentos no Oriente Médio, incluindo a já crítica situação humanitária na Faixa de Gaza.
22/06/2025 16h30
Por: Felipe Vilar Fonte: Patos Online com Vatican News
Foto: Vatican Media

A tensão no Oriente Médio atingiu um novo patamar de gravidade após uma ofensiva militar de grandes proporções ser desencadeada por Israel contra o Irã na noite da última quinta-feira (13). Segundo agências internacionais, Tel Aviv teria lançado ataques diretos contra instalações nucleares iranianas, eliminando líderes militares, cientistas de alto escalão e destruindo alvos estratégicos como radares e bases de mísseis, com uso de aviões de guerra e drones previamente infiltrados no território persa.

Em resposta, o Irã retaliou com uma série de mísseis contra território israelense, intensificando o confronto bélico. O bombardeio entre as duas nações prossegue de forma contínua, com consequências ainda incalculáveis para a estabilidade da região.

Na madrugada deste domingo (22), os Estados Unidos escalaram ainda mais o conflito ao atacarem três instalações nucleares no Irã, marcando a entrada formal de Washington na guerra. A medida foi interpretada como um apoio direto a Israel e uma declaração aberta de hostilidade contra Teerã, aumentando os temores de uma guerra em escala ainda mais ampla, com possíveis repercussões globais.

Apelo dramático do Papa Leão XIV

Diante da escalada violenta do conflito, o Papa Leão XIV fez neste domingo um apelo emocionado pela paz, após rezar o Angelus na Praça São Pedro, no Vaticano. O pontífice expressou profunda preocupação com os desdobramentos no Oriente Médio, incluindo a já crítica situação humanitária na Faixa de Gaza.

“Sucedem-se notícias alarmantes vindas do Oriente Médio, especialmente do Irã. Hoje, mais do que nunca, a humanidade clama e invoca a paz. É um grito que exige responsabilidade e razão, e não deve ser sufocado pelo fragor das armas”, disse o Papa.

Ele alertou para os perigos da indiferença e do que chamou de "retórica que incita ao conflito", afirmando que nenhuma vitória armada pode compensar o sofrimento humano causado pela guerra.

“A guerra não resolve os problemas, mas os amplifica e produz feridas profundas na história dos povos. Que a diplomacia faça silenciar as armas”, exclamou o Santo Padre, pedindo que a comunidade internacional assuma uma responsabilidade moral urgente para deter a tragédia da guerra “antes que ela se torne um precipício irreparável”.

Clima de tensão e expectativa global

Enquanto governos ao redor do mundo convocam reuniões emergenciais e analisam cenários para evitar um alastramento do conflito, analistas de geopolítica apontam que os próximos dias serão decisivos. A entrada dos EUA no confronto pode desencadear reações em cadeia, envolvendo outros países e alianças militares.

A ONU ainda não conseguiu reunir consenso suficiente para emitir uma resolução unificada sobre a situação, enquanto milhares de civis em áreas afetadas continuam desamparados, vítimas de bombardeios, falta de suprimentos e deslocamentos forçados.

No Vaticano, preces e bênçãos

Ao final de seu pronunciamento, o Papa dirigiu saudações aos grupos presentes na Praça São Pedro, incluindo parlamentares e prefeitos participantes do Jubileu dos Governantes e Administradores. Também expressou gratidão aos fiéis que celebram o Corpus Christi com fé, arte e devoção.

“Obrigado a todos e tenham um bom domingo!”, concluiu.

Com o mundo em alerta e a diplomacia internacional em teste, os apelos pela paz, como o do pontífice, ganham peso simbólico e político diante do temor real de um novo e devastador capítulo nos conflitos do século XXI.

 

Por Patos Online 
Com Vatican News