Após protestos realizados na manhã desta quinta-feira (3) por pipeiros que atuam na Operação Carro-Pipa, o Ministério do Desenvolvimento Regional anunciou a liberação de R$ 50 milhões destinados ao pagamento dos profissionais que enfrentam atrasos de até quatro meses pelos serviços prestados no abastecimento de água potável em comunidades rurais da Paraíba.
A informação foi confirmada pelo senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), que afirmou ter levado a demanda ao conhecimento da pasta após as queixas dos motoristas, que denunciam a precariedade enfrentada mesmo em meio a um serviço essencial à sobrevivência de milhares de famílias afetadas pela seca.
“Há um atraso e, por essa razão, nós levamos ao conhecimento do Ministério do Desenvolvimento Regional”, destacou o senador. “De forma imediata e muito solícita, o Ministério nos respondeu que não havia recebido as faturas, o que impedia a efetivação dos pagamentos.”
Na manhã desta quinta-feira, dezenas de pipeiros realizaram uma paralisação simbólica às margens do Açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão, no Cariri paraibano. Eles denunciaram o não pagamento pelos serviços desde março e abril, mesmo com a continuidade da operação.
Ao Patos Online, um dos pipeiros relatou que está desde abril sem receber os pagamentos, enquanto outros sofrem com os atrasos desde março.
Coordenada pelo Exército Brasileiro, a Operação Carro-Pipa é uma ação emergencial do Governo Federal voltada ao abastecimento de água potável em municípios do semiárido, especialmente durante longos períodos de estiagem. Atualmente, cerca de 159 municípios da Paraíba são atendidos pelo programa.
No fim de 2024, a distribuição de água chegou a ser suspensa por falta de recursos. A retomada ocorreu após pressão da bancada paraibana em Brasília, mas os atrasos voltaram a ocorrer nos primeiros meses de 2025, provocando a nova mobilização dos trabalhadores.
Com a liberação do recurso, a expectativa agora é que os pagamentos comecem a ser regularizados nos próximos dias, conforme o trâmite interno de processamento das faturas junto ao Exército e ao Governo Federal.
Por Patos Online