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Morador do Jatobá, em Patos, segue sem visão 55 dias após mutirão oftalmológico em Campina Grande
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES-PB), 64 pessoas participaram do mutirão, que foi realizado por meio de um contrato entre a pasta e a Fundação Rubens Dutra Segundo.
05/07/2025 17h30 Atualizada há 11 horas
Por: Marcos Oliveira Fonte: Patosonline.com
Foto: reprodução

O drama do senhor Antônio Amorim da Silva, 50 anos, morador da Rua Elpídio Portela, no Bairro do Jatobá, setor sul de Patos, expõe a gravidade das complicações decorrentes de um mutirão oftalmológico realizado em 15 de maio no Hospital de Clínicas de Campina Grande. Passados 55 dias do procedimento, ele ainda não recuperou a visão, mesmo após cinco tratamentos com antibióticos e uma cirurgia.

“Mesmo percebendo a assistência depois do caso, minha visão ainda não voltou”, relatou seu Antônio em entrevista ao portal Patosonline.com. Ele é um dos quatro pacientes de Patos entre os cerca de 29 que apresentaram complicações graves após o mutirão, que atendeu 64 pessoas.

Segundo reportagem públicada pelo portal G1/PB, o caso está sendo investigado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e acompanhado pelo Conselho Regional de Medicina (CRM-PB). O G1/PB disse que a Secretaria de Estado da Saúde (SES-PB) confirmou que medicamentos vencidos estavam entre os materiais utilizados: ao menos 6 dos 30 frascos da medicação aplicada estavam fora da validade e já abertos. A Fundação Rubens Dutra Segundo, responsável pela execução do mutirão, nega o uso de insumos vencidos e afirma ter iniciado uma busca ativa por pacientes sintomáticos.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES-PB), 64 pessoas participaram do mutirão, que foi realizado por meio de um contrato entre a pasta e a Fundação Rubens Dutra Segundo.

A secretaria ressaltou que os profissionais e o fornecimento de materiais utilizados durante o procedimento são de "responsabilidade exclusiva da empresa". À TV Paraíba, o presidente da Fundação Rubens Dutra Segundo disse que acompanha as investigações e confirmou que os medicamentos e profissionais envolvidos possuem ligação com a fundação.

A situação gerou indignação entre familiares e a população, especialmente diante da possibilidade de negligência em um serviço que deveria promover saúde e bem-estar. Enquanto as investigações seguem, pacientes como seu Antônio enfrentam não apenas a perda da visão, mas também o impacto emocional e social de uma tragédia que poderia ter sido evitada.

Patosonline.com 
Com informações do paciente e recortes de reportagem do g1 PB