Política Tarifaço
Motta e Alcolumbre se reúnem para discutir reação ao tarifaço de Trump
Donald Trump, presidente dos EUA, anunciou a imposição de tarifas de 50% a produtos brasileiros
10/07/2025 13h25 Atualizada há 6 horas
Por: Felipe Vilar Fonte: Metrópoles
Foto: KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES

Os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), se reunirão nesta quinta-feira (10/7) para discutir uma declaração conjunta contra as tarifas impostas a produtos brasileiros pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Nenhum dos presidentes se manifestou, até o momento, sobre o anúncio, feito na tarde de quarta-feira (9/7). Ao chegar e sair da reunião com o colégio de líderes nesta quinta, Motta evitou comentar o tema e disse que consultaria os líderes partidários.

“Como eu disse, estou conversando com os líderes. Minha posição será uma posição que tem o sentimento da Casa, ouvindo a todos. Foi um dos temas que debatemos na reunião, vamos seguir discutindo ao longo do dia”, afirmou Motta na saída.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que a resposta brasileira à taxação de Donald Trump será feita por meio da lei da reciprocidade. A legislação visa dar suporte ao governo brasileiro para que haja reação a pressões externas que possam influenciar políticas internas ou criar desvantagens comerciais consideradas injustas, como forma de proteger a economia nacional.

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) do Congresso Nacional reagiu ao anúncio de Trump com preocupação. A bancada definiu a decisão como “um alerta ao equilíbrio das relações comerciais e políticas entre os dois países”.

“A nova alíquota produz reflexos diretos e atingem o agronegócio nacional, com impactos no câmbio, no consequente aumento do custo de insumos importados e na competitividade das exportações brasileiras”, destaca o pronunciamento da FPA.

O grupo defende, ainda, “uma resposta firme e estratégica” da diplomacia brasileira, mas “sem isolar o Brasil perante as negociações”.

Fonte: Metrópoles