Policial OPERAÇÃO HOPE
PCPB e Ministério Público conseguem bloqueio de quase R$ 3 milhões de empresas fantasmas em São Paulo e no Amazonas que movimentavam dinheiro do tráfico
A Justiça determinou o bloqueio bancário de contas ligadas a 26 suspeitos, totalizando R$ 2.755.972,40. Somados aos 10 veículos apreendidos durante a operação, os danos financeiros à organização criminosa já ultrapassam R$ 3 milhões.
28/07/2025 23h53 Atualizada há 11 horas
Por: Felipe Vilar Fonte: Assessoria/PCPB
Foto: Divulgação/Polícia Civil

A Polícia Civil da Paraíba, em ação conjunta com o Ministério Público Estadual, atingiu um novo marco no combate ao crime organizado. De acordo com informações divulgadas nesta segunda-feira (28), o prejuízo causado às organizações criminosas investigadas na Operação HOPE já ultrapassa a marca de R$ 3 milhões.

A ofensiva, deflagrada no último dia 23 de julho, é resultado de uma ação integrada entre a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO), a Delegacia de Repressão ao Entorpecente (DESARME), a Unidade de Inteligência da Polícia Civil (UNINTELPOL) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO).

Segundo balanço atualizado, a Justiça determinou o bloqueio bancário de contas ligadas a 26 suspeitos, totalizando R$ 2.755.972,40. Somados aos 10 veículos apreendidos durante a operação, os danos financeiros à organização criminosa já ultrapassam R$ 3 milhões.

 
 
 
 
 
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Empresas fantasmas e movimentações suspeitas

Entre os alvos das medidas judiciais estão duas empresas de fachada, identificadas como instrumentos para a lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas.

Uma delas, situada em Tabatinga (AM) — município na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru — está registrada como distribuidora de bebidas. Apesar de possuir capital social de R$ 250 mil, a investigação revelou que a empresa movimentava valores muito superiores e funcionava em um galpão vazio, conforme apurado com apoio da Polícia Civil do Amazonas. Somente dessa conta, foram bloqueados mais de R$ 1,75 milhão.

A segunda empresa, localizada no interior de São Paulo e registrada como prestadora de serviços de manutenção de máquinas e equipamentos, possui capital declarado de apenas R$ 30 mil. No entanto, teve valores superiores a R$ 800 mil bloqueados.

Além disso, as contas pessoais de suspeitos apontados como operadores financeiros da organização criminosa somaram mais de R$ 100 mil em bloqueios judiciais.

Ação estratégica contra o tráfico de drogas

A Operação Hope foi deflagrada após investigações da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO) e do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (GAECO). O trabalho contou com o apoio da Diretoria de Operações (DIOP/PCPB), da Desarme/PCPB, da Unintelpol/PCPB, da Polícia Penal e o Corpo de Bombeiros, além da Polícia Civil do Amazonas. 

Ao todo, foram cumpridas 70 ordens judicias, entre mandados de prisão e de busca e apreensão. Mais de 200 agentes de segurança atuaram na Operação Hope, a maior operação de repressão qualificada em 2025 realizada até o momento na Paraíba. 

A Operação HOPE representa um duro golpe contra o tráfico de entorpecentes e suas ramificações financeiras. Segundo os investigadores, o objetivo é desestruturar o núcleo econômico da organização criminosa, impedindo a continuidade das atividades ilícitas e dificultando a expansão dos esquemas de lavagem de dinheiro.

Por Patos Online
Com informações da Polícia Civil