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Após protestos da oposição, Hugo Motta encerra sessão na Câmara e convoca reunião de líderes
A medida foi tomada após deputados aliados de Bolsonaro ocuparem a mesa do plenário da Câmara, em protesto contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente.
05/08/2025 20h00 Atualizada há 4 horas
Por: Felipe Vilar Fonte: Patos Online com CNN Brasil
Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Em meio a protestos de parlamentares da oposição contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), determinou o encerramento da sessão plenária desta terça-feira (5) e convocou uma reunião de líderes para esta quarta-feira (6).

Motta, que cumpre agenda oficial em João Pessoa, capital da Paraíba, anunciou a decisão por meio das redes sociais. “Determinei o encerramento da sessão do dia de hoje e amanhã chamarei reunião de líderes para tratar da pauta, que sempre será definida com base no diálogo e no respeito institucional”, publicou o deputado em sua conta no X (antigo Twitter). “O Parlamento deve ser a ponte para o entendimento”, completou.

A medida foi tomada após deputados aliados de Bolsonaro ocuparem a mesa do plenário da Câmara, em protesto contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente. No Senado, senadores da oposição também realizaram manifestações semelhantes, exigindo a pauta de anistia aos condenados do 8 de janeiro e o impeachment do ministro do STF.

Durante evento público nesta quarta-feira (6), Hugo Motta reiterou sua posição de não comentar decisões judiciais. “Não cabe ao presidente da Câmara, nem a ninguém, comentar ou tentar qualificar essa ou aquela decisão judicial. Há um processo em curso, e é nele que se deve discutir: com os advogados falando nos autos, e os juízes decidindo”, afirmou.

O presidente da Câmara também destacou a importância do respeito ao devido processo legal e o direito à ampla defesa. “Existem os dois lados dessa história, e é legítimo que todos tenham o direito de se defender. Mas decisão judicial deve ser cumprida”, concluiu.

A expectativa agora é de que a reunião de líderes nesta quarta-feira (6) defina os próximos passos da pauta legislativa e tente conter a tensão provocada pelas ações da oposição no Congresso Nacional.

Por Patos Online
Com CNN Brasil