A Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba (SES) divulgou nesta quarta-feira (6) o Boletim Epidemiológico nº 8, revelando um cenário preocupante em relação à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no estado. Entre 1º de janeiro e 2 de julho de 2025, já foram registrados 3.412 casos de SRAG, com 1.799 confirmações de vírus respiratórios por exames de RT-PCR.

O boletim chama a atenção especialmente para a situação de crianças menores de 5 anos, que seguem como o grupo mais vulnerável às formas graves da doença. Nesta faixa etária, os principais vírus detectados foram o vírus sincicial respiratório (VSR), com 493 notificações, e o rinovírus, com 334 casos.

Entre os idosos, os vírus mais associados aos casos de SRAG foram a Influenza A, com 123 notificações, e a Covid-19, com 93 registros.

Além dos casos, a SES confirmou 155 mortes por complicações respiratórias no período analisado:

• 57 óbitos por Covid-19
• 98 óbitos por outros vírus respiratórios, sendo 44 deles por Influenza A.

Vacinação e prevenção: foco nos grupos prioritários

A técnica responsável pelas SRAGs da SES, Silmara Pinheiro, destacou que a vacinação contra Influenza e Covid-19 segue sendo a principal estratégia para conter o avanço dos casos graves, especialmente entre crianças, gestantes e idosos.

“A meta é vacinar 90% de cada grupo prioritário. As pessoas que ainda não se vacinaram devem procurar uma unidade de saúde mais próxima para atualizar o esquema vacinal e reforçar a proteção contra esses vírus”, orientou Silmara.

Medidas simples ainda são essenciais

Além da vacinação, a SES reforça a importância de hábitos preventivos no dia a dia:

• Higienização frequente das mãos
• Uso da etiqueta respiratória (como cobrir o nariz e a boca ao espirrar ou tossir)
• Evitar ambientes coletivos em caso de sintomas gripais

Essas práticas ajudam a frear a transmissão dos vírus, especialmente em ambientes com alta circulação de crianças, como creches e escolas.

Alerta para os pais

Com a volta às aulas e o aumento das interações em ambientes escolares, a SES faz um apelo aos pais e responsáveis: qualquer sintoma respiratório em crianças deve ser observado com atenção e, se necessário, avaliado por um profissional de saúde.

O boletim reforça que, em muitos casos, os vírus respiratórios podem evoluir rapidamente em crianças pequenas, sendo essencial o diagnóstico precoce e o acompanhamento médico adequado.

Confira o boletim no link: https://paraiba.pb.gov.br/diretas/saude/arquivos-1/vigilancia-em-saude/be_virus_respiratorios_08_2025.pdf

Por Patos Online