Política Julgamento
Moraes pede a Zanin que marque data para julgar Bolsonaro e aliados
Ministro Alexandre de Moraes pediu ao presidente da Primeira Turma do STF as datas para realizar julgamento do núcleo 1 da trama golpista
15/08/2025 05h00
Por: Felipe Vilar Fonte: Metrópoles
Foto: Antonio Augusto/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu, nesta quinta-feira (14/8), ao presidente da Primeira Turma da Corte, ministro Cristiano Zanin, que marque o julgamento de Jair Bolsonaro (PL) e de mais sete aliados na ação que apura suposta tentativa de golpe, cujo objetivo era impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após as eleições de 2022.

“Considerando o regular encerramento da instrução processual, o cumprimento de todas as diligências complementares deferidas, bem como a apresentação de alegações finais pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e por todos os réus, solicito ao excelentíssimo presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin, dias para julgamento presencial da presente ação penal”, despachou o ministro nos autos da Ação Penal número 2668.

O pedido é para marcar julgamento presencial do núcleo considerado como crucial na trama golpista. Moraes determinou, ainda, que sejam intimados os advogados regularmente constituídos.

Confira os réus do núcleo crucial

As defesas dos réus do chamado núcleo crucial da trama golpista denunciada pela PGR ao STF apresentaram, nessa quarta-feira (13/8), as alegações finais. A linha comum seguida pelos advogados dos oito réus foi frisar a falta de provas da acusação para ligar os respectivos clientes à participação no planejamento de um possível golpe de Estado.

Trata-se da última fase antes do julgamento. Agora, quando Zanin pautar, o processo vai para a análise da Primeira Turma, composta por Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Flávio Dino. Eles podem decidir se os oito acusados pela PGR serão condenados ou absolvidos. Pode ocorrer, ainda, de algum ministro pedir vista, o que representaria mais tempo para análise, com prazo de retorno para julgamento em 90 dias.

Fonte: Metrópoles