As despesas com a administração pública federal atingiram R$ 32,4 bilhões no primeiro semestre de 2025, segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional no relatório do resultado primário de junho. O valor representa uma alta real de 15,6% em relação ao mesmo período de 2024, quando os gastos somaram R$ 28,1 bilhões. Trata-se do maior montante para o período desde 2016, quando foram registrados R$ 33,3 bilhões.
O custeio administrativo — que inclui despesas para manter a estrutura básica da União em funcionamento, como contratações temporárias, serviços terceirizados, contas de luz e água, combustíveis, diárias e aluguéis — não contempla investimentos. É o gasto necessário para que o governo continue operando.
Os custos com contratações temporárias, terceirização e limpeza foram os principais responsáveis pela alta, totalizando R$ 15,9 bilhões no semestre. Já os gastos com tecnologia da informação chegaram a R$ 4,0 bilhões.
Outras despesas relevantes incluem a compra de combustíveis (R$ 2,8 bilhões) e o aluguel e conservação de imóveis (R$ 2,5 bilhões).
Os gastos recorrentes com servidores públicos da União somaram R$ 184 bilhões entre janeiro e junho de 2025, durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A alta real foi de 1,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. O valor é o maior desde o primeiro semestre de 2021, quando os gastos chegaram a R$ 193,3 bilhões — ainda abaixo do recorde de 2019, que foi de R$ 203,3 bilhões.
Considerando o pagamento de precatórios — dívidas judiciais que não podem mais ser contestadas — o total sobe para R$ 185,3 bilhões, um aumento de 0,7% frente aos R$ 184,1 bilhões registrados no primeiro semestre de 2024.
Em junho de 2025, havia 573,5 mil pessoas trabalhando para a União, número praticamente estável em relação ao mesmo mês do ano anterior, com apenas 495 servidores a mais.
Em nota, o Ministério da Fazenda afirmou que o Tesouro Nacional é responsável pela apuração e consolidação das estatísticas, mas que explicações sobre os fatores que influenciam o comportamento das despesas devem ser solicitadas aos órgãos setoriais competentes.
Até o fechamento desta reportagem, o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos não havia se manifestado.
Patosonline.com
Com informações do Poder360