Política Nomeação
Colunista do Metrópoles destaca nomeação de ex-assessor de Hugo Motta, que dirigiu entidade investigada na “Farra do INSS”, para cargo no governo da Paraíba
Ex-assessor de Hugo, e ex-diretor da Conafer, entidade investigada na chamada “Farra do INSS”, Júnior do Peixe foi nomeado para a assessoria técnica de projetos da Secretaria de Agropecuária e Pesca do Governo da Paraíba
23/08/2025 19h30 Atualizada há 4 horas
Por: Felipe Vilar Fonte: Patos Online com Metrópoles
Foto: Reprodução

Uma matéria da colunista Andreza Matias, do Metrópoles, destacou neste sábado (23) a nomeação de Jerônimo Arlindo da Silva Júnior, conhecido como “Júnior do Peixe”, ex-assessor do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e ex-diretor da Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), entidade investigada na chamada “Farra do INSS”, para a assessoria técnica de projetos da Secretaria de Agropecuária e Pesca do Governo da Paraíba. O cargo foi assumido em 8 de agosto, com sede no bairro Jaguaribe, em João Pessoa, a 1.701 km da Câmara dos Deputados.

Segundo a colunista, em vídeo publicado nas redes sociais ao ser nomeado, Júnior do Peixe fez referência a Hugo Motta e a Nabor Wanderley, prefeito de Patos-PB, afirmando que ambos são “aliados” e que a sua atuação se dará em parceria com figuras políticas da Paraíba, como o ex-prefeito de Sousa, Fábio Tyrone, e o governador João Azevêdo (PSB).

Ex-candidato a prefeito de Marizópolis, Júnior do Peixe atuou no gabinete de Hugo Motta entre outubro de 2020 e março de 2021. Paralelamente, esteve à frente da Conafer, que, segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), teve um crescimento exponencial de sua arrecadação de R$ 350 mil em 2019 para R$ 202 milhões em 2023, aumento de 57.000%, a partir de descontos indevidos em benefícios previdenciários de aposentados.

Apesar do envolvimento na investigação da “Farra do INSS”, a Conafer foi uma das quatro entidades que não responderam judicialmente pelo ressarcimento dos valores desviados, segundo informações da Advocacia-Geral da União (AGU). Contudo, novas ações podem ser propostas a depender do andamento das investigações conduzidas pela CGU e pela Polícia Federal.

A reportagem do Metrópoles tentou contato com Hugo Motta e com Júnior do Peixe, mas até a publicação da matéria não obteve retorno.

Por Patos Online
Com informações de Andreza Matias/Metrópoles