Brasil CPMI do INSS
Com foco em Lupi e irmão de Lula, CPMI do INSS inicia trabalhos com mais de 800 requerimentos
Um dos principais alvos é José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e dirigente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi)
24/08/2025 11h00 Atualizada há 4 horas
Por: Marcos Oliveira Fonte: Patos Online com CNN Brasil
Foto: Reprodução/CNN Brasil

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) realiza nesta terça-feira (26) sua primeira reunião oficial, após uma instalação marcada por disputas políticas. O encontro será dedicado à definição do plano de trabalho e à votação dos primeiros requerimentos, que já ultrapassam a marca de 800.

Entre os pedidos estão convocações, quebras de sigilo e solicitações de informações a órgãos públicos. A oposição e a base governista já delinearam suas estratégias, com foco em figuras-chave envolvidas no escândalo de fraudes previdenciárias.

Um dos principais alvos é José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e dirigente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), entidade citada no centro das investigações. Ao menos oito requerimentos foram protocolados contra ele, sendo seis de convocação obrigatória — inclusive por parte do relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL).

Outro nome recorrente é Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, sócio de 22 empresas, algumas supostamente envolvidas no esquema. Ele é alvo de pelo menos 12 pedidos de convocação, além de seus sócios.

Carlos Lupi, ex-ministro da Previdência, também figura entre os requerimentos: são 15 no total, sendo 11 de convocação e quatro de quebra de sigilo. Um dos pedidos já está na pauta da reunião de terça-feira.

Com a presidência nas mãos do senador Carlos Viana e a relatoria com Alfredo Gaspar — ambos alinhados à oposição — há expectativa de que os requerimentos do grupo oposicionista ganhem prioridade. No entanto, para que sejam efetivados, é necessário aprovação pelo colegiado, onde a base governista afirma ter maioria, embora admita falhas na articulação.

A CPMI promete ser um dos principais focos políticos das próximas semanas, com potencial para revelar irregularidades que atravessam diferentes gestões do INSS.