Policial Prisão
Acusado de feminicídio em Juru é preso após dois dias foragido
Geraldo Batista Dias, de 57 anos, estava foragido desde o dia do crime e havia sido alvo de um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Única da Comarca de Água Branca.
26/08/2025 09h00 Atualizada há 18 horas
Por: Felipe Vilar Fonte: Patos Online
Foto: Reprodução

O homem acusado de assassinar a companheira, Antônia Ferreira Pereira, conhecida como Dona Neide, de 56 anos, se entregou à Polícia Civil na manhã desta terça-feira (26), na cidade de Juru, no Sertão da Paraíba. O crime, ocorrido no último domingo (24), chocou a população local pela brutalidade.

Segundo informações da Polícia Civil, o acusado, identificado como Geraldo Batista Dias, de 57 anos, estava foragido desde o dia do crime e havia sido alvo de um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Única da Comarca de Água Branca. Por volta das 7h desta terça, ele se apresentou, sendo imediatamente detido.

De acordo com as investigações, Geraldo teria desferido múltiplos golpes de instrumento cortocontundente — possivelmente uma faca peixeira ou facão — contra a vítima, atingindo principalmente a região posterior da cabeça e o pescoço, o que impossibilitou qualquer chance de defesa. O crime aconteceu dentro da residência do casal, na Rua Maria da Roça Grande, em Juru.

O delegado Adriano Pinto, da Delegacia de Água Branca, confirmou o cumprimento do mandado de prisão e destacou a atuação conjunta da Polícia Civil e da Polícia Militar.

“Desde o cometimento do crime, o acusado estava escondido nas imediações do município de Juru. As forças de segurança realizaram incursões na região até que, hoje, conseguimos efetivar a prisão. O acusado encontra-se detido na Delegacia de Polícia de Princesa Isabel, aguardando audiência de custódia”, explicou.

 
 
 
 
 
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Decisão judicial

Na decisão que determinou a prisão preventiva, o juiz plantonista destacou a gravidade do crime, a fuga do acusado logo após o assassinato e o risco que sua liberdade representava à ordem pública. O magistrado ressaltou ainda que a brutalidade do feminicídio, cometido no contexto de violência doméstica, exigia uma resposta firme do Judiciário.

Conforme o relato do irmão, em depoimento na delegacia, Geraldo havia confidenciado, horas após o crime, que estava escondido no Sítio Serrinha, porém, não se entregaria no mesmo dia. 

"Em um contato telefônico posterior, o investigado GERALDO BATISTA DIAS revelou estar no "SITIO SERRINHA", mas afirmou expressamente que "não ia se entregar no dia de hoje". Essa declaração, aliada à sua fuga do distrito da culpa, evidencia um propósito deliberado de frustrar a persecução penal, tornando a decretação da prisão preventiva medida indispensável para assegurar a eventual aplicação da lei penal", diz um trecho da decisão. 

“Há indícios suficientes da autoria do investigado como o agente do delito. (...) A segregação cautelar é necessária para assegurar a aplicação da lei penal e a garantia da ordem pública”, completou. 

Após a audiência de custódia, Geraldo Batista Dias deverá ser encaminhado para a cadeia pública de Princesa Isabel, onde ficará à disposição da Justiça enquanto o processo segue em tramitação.

O caso segue em investigação pela Delegacia da Comarca de Água Branca, em conjunto com o Ministério Público, que acompanha os desdobramentos.

Por Patos Online