A primeira secretária da Associação dos Docentes da Universidade Estadual da Paraíba (ADUEPB), Valéria Raquel Porto de Lima, disse à jornalista Wânia Nóbrega, da Rádio Espinharas FM, que a greve dos professores da UEPB cobra do Governo da Paraíba os repasses financeiros em atraso para a instituição.
Segundo a representante, o montante de recursos não destinados neste ano chega a R$ 65 milhões, valor referente aos oito campi, o que tem trazido impactos negativos para as atividades de pesquisa e extensão, além de comprometer o andamento do calendário acadêmico da universidade.
“Só em 2025 foram cortados R$ 65 milhões, e isso impacta diretamente as nossas atividades docentes nos oito campi da instituição. Nós estamos presentes do litoral ao Sertão, formamos alunos com excelência, e, por isso, a nossa lei de autonomia precisa ser respeitada”, destacou Valéria Raquel.
Ela acrescentou que os professores também reivindicam o retorno das negociações e das progressões funcionais, congeladas entre 2018 e 2023. A proposta do governo foi efetuar o pagamento do retroativo com desconto de 40%, de forma parcelada em 60 meses, mas a categoria rejeitou a oferta.
Valéria Raquel finalizou dizendo que os docentes aguardam um posicionamento oficial do Governo da Paraíba e da reitoria da instituição, a fim de avançar nas negociações e evitar a necessidade de prolongamento da greve por tempo indeterminado.
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