Durante entrevista, o médico Alexandre Firmino trouxe reflexões importantes sobre os níveis de ansiedade e destacou os riscos da chamada crise do pânico, considerada o ápice da condição.
Segundo o especialista, esse quadro ocorre quando há uma descarga intensa de adrenalina e noradrenalina no organismo, provocando não apenas sintomas emocionais, mas também manifestações físicas de grande intensidade.
“O paciente sente dor no peito, cansaço, mal-estar, tonturas, náuseas, formigamentos e acredita estar diante de um infarto ou de um AVC. É uma sensação tão forte que ele pensa que vai morrer”, explicou.
Um dos fatores mais preocupantes, ressaltou o médico, é a imprevisibilidade da crise, que pode ocorrer mesmo em momentos de descanso, férias ou situações de tranquilidade. Isso leva muitos pacientes a mudarem completamente sua rotina, evitando sair de casa ou frequentar lugares que antes eram comuns, impactando diretamente sua qualidade de vida.
Para ele, a crise do pânico simboliza que o indivíduo chegou ao limite.
“Muitas vezes o paciente acha que o problema começou em um determinado dia, mas, na verdade, ele já vinha adoecido há muito tempo. A crise apenas revelou o limite da situação”, afirmou.
Loading...
Áudio: Dr. Alexandre Firmino
Ele ainda alertou que, sem o devido tratamento, as crises podem se repetir e até evoluir para quadros mais graves, como depressão ou outros transtornos do humor. A orientação é que o paciente procure ajuda médica o quanto antes, buscando acompanhamento especializado.