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Amigo de entregador morto em acidente em Patos desabafa e pede mais empatia e segurança no trânsito
Cléber Simões era amigo e foi um dos primeiros empregadores de Fabrício no ramo de delivery.
11/10/2025 08h00
Por: Felipe Vilar Fonte: Patos Online
Foto: reprodução

Foi sepultado na tarde desta sexta-feira (10), no Cemitério São Miguel, no bairro Belo Horizonte, em Patos, o corpo do jovem Fabrício Pereira da Silva, de 29 anos, que perdeu a vida em um grave acidente de trânsito ocorrido na noite da última quinta-feira (9), na Ponte do Juá Doce, via que liga os bairros Belo Horizonte e São Sebastião.

O entregador, que trabalhava em um serviço de delivery na cidade, morreu após colidir sua motocicleta Honda Pop 110, de cor preta, na traseira de uma carroça de tração animal. No impacto, Fabrício perdeu o controle do veículo, caiu na pista contrária e foi atingido por um carro de aplicativo que seguia no sentido oposto. Apesar do socorro rápido prestado pelo SAMU, ele não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local.

A tragédia causou profunda comoção entre familiares, amigos e colegas de profissão, que se despediram do jovem com homenagens e mensagens nas redes sociais.

Entre as manifestações, um desabafo feito por Cléber Simões, amigo e um dos primeiros empregadores de Fabrício, ganhou repercussão. Em um vídeo enviado ao Patos Online, Cléber lamentou a morte do colega e criticou o comportamento de parte da população em relação aos motoboys.

“É muita hipocrisia. Quando o pedido atrasa cinco minutos, o cliente já cancela e chama o entregador de irresponsável. Mas, quando acontece uma tragédia, aparecem para julgar a velocidade. Sempre que vocês fizerem um pedido, eu peço que aguardem, esperem e tenham confiança. Teremos mais cautela. Já pedi a todos os meus amigos que diminuam a velocidade. Como sempre aconselhei e dizia: taxa de entrega não traz a vida de ninguém de volta”, desabafou.

O amigo também fez um apelo por mais consciência no trânsito e cobrou das autoridades maior fiscalização sobre carroças de tração animal, que, segundo ele, circulam frequentemente sem qualquer tipo de sinalização.

“Peço aos órgãos públicos que sinalizem essas carroças. É preciso colocar fitas refletivas, como nos caminhões, para evitar acidentes. Não justifica a imprudência, mas também não trará a vida do nosso amigo de volta”, completou.

Veja o vídeo abaixo:

 
 
 
 
 
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Fabrício deixa a esposa grávida de 14 semanas. O caso reacende o debate sobre as condições de trabalho e segurança dos entregadores de aplicativo, que convivem diariamente com o risco no trânsito urbano de Patos.

Por Patos Online