Educação GREVE
Professores da UEPB cobram governador João Azevêdo durante evento em Campina Grande; greve segue sem acordo
João Azevêdo afirmou que a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) possui autonomia financeira e que, portanto, as questões relativas aos pagamentos e reajustes caberiam à reitoria da instituição.
15/10/2025 08h00 Atualizada há 1 dia
Por: Felipe Vilar Fonte: Patos Online
Foto: Divulgação

Durante agenda oficial em Campina Grande, na última segunda-feira (13), o governador da Paraíba, João Azevêdo, foi abordado por representantes da Associação dos Docentes da Universidade Estadual da Paraíba (ADUEPB). O encontro ocorreu na chegada do gestor ao Cine Teatro São José, onde acontecia a entrega da reforma da Sala de Cinema, no centro da cidade.

Os professores aproveitaram o momento para cobrar um posicionamento do governo estadual sobre as demandas que motivaram a greve da categoria, iniciada em 22 de setembro. Entre as reivindicações estão o pagamento de retroativos, a recomposição salarial e a realização de concursos públicos para docentes.

Durante a abordagem, houve um breve embate verbal. João Azevêdo afirmou que a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) possui autonomia financeira e que, portanto, as questões relativas aos pagamentos e reajustes caberiam à reitoria da instituição. O governador ressaltou ainda que o Estado “tem atuado além do que seria sua obrigação” no apoio à universidade.

Em resposta, uma representante da ADUEPB argumentou que o chefe do Executivo estadual precisa receber e ouvir a categoria, reforçando a necessidade de diálogo direto para buscar soluções.

 
 
 
 
 
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Professores realizam assembleia e mantém greve da categoria

Nesta terça-feira (14), os(as) professores(as) da UEPB realizaram uma assembleia de greve, no auditório da Assembleia Legislativa, avaliaram o movimento e conjuntura e decidiram por continuar a paralisação.

Os docentes apresentaram propostas de intensificação das atividades da greve e da busca de negociação. Eles reivindicam o pagamento do retroativo das progressões de carreira, a recomposição do orçamento da universidade, com o cumprimento da Lei de Autonomia (Nº 7643/2004), a realização de novos concursos para professor efetivo, já que a universidade ainda possui um número elevado de docentes temporários (393), a convocação dos selecionados para o padrasto de reserva e a instalação de uma mesa de negociação para discutir as perdas salariais de 22,9%, acumuladas nos últimos 04 anos.

A greve dos docentes segue mantida em todos os campi da UEPB, localizados em Campina Grande, João Pessoa, Patos, Monteiro, Catolé do Rocha, Araruna e Guarabira.

Por Patos Online