O governo da Paraíba garantiu que todas as famílias atingidas pelo rompimento de um reservatório de água no bairro da Prata, em Campina Grande, serão indenizadas ou terão suas casas reconstruídas, conforme desejarem. A informação foi confirmada neste domingo (9) pelo vice-governador Lucas Ribeiro, que preside a comissão especial criada para acompanhar o caso.
O desastre ocorreu na manhã do último sábado (7), deixando uma idosa de 62 anos morta, duas pessoas feridas e provocando a destruição de três casas, além de danos em outros imóveis e veículos arrastados pela força da água.
De acordo com Lucas Ribeiro, o Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil, equipes da assistência social e a Cagepa fizeram um mapeamento inicial das estruturas atingidas e dos bens perdidos. A partir desta segunda-feira (10), o governo dará início ao processo detalhado de catalogação dos danos para definir os valores de indenização ou a reconstrução dos imóveis.
“O Corpo de Bombeiros visitou cada residência que foi atingida, catalogou cada item, cada bem que as pessoas declararam. A Cagepa está fazendo o projeto de cada casa, para poder levantar e indenizar as pessoas diretamente”, afirmou.
Segundo o vice-governador, tudo será indenizado e cada caso será tratado individualmente, respeitando a vontade das famílias.
“Tem pessoas que perderam a casa inteira. Vamos dialogar caso a caso para saber se preferem indenização financeira ou reconstrução do imóvel”, explicou.
Ainda não há prazo definido para o pagamento das indenizações, mas Lucas Ribeiro disse que a gestão está “acelerando o processo”. Ele citou o exemplo de um comerciante que perdeu o veículo utilizado no trabalho e que deverá receber um carro novo adquirido pelo governo.
As casas que ficaram comprometidas serão demolidas, e o maquinário deve iniciar os trabalhos ainda nesta segunda-feira.
O governo também informou que algumas famílias já estão sendo realocadas para imóveis alugados pela Cagepa.
Entre os relatos de moradores atingidos está o de Ghislaine Dubu, técnica em radiologia, que viveu momentos de desespero ao saber que a mãe, de 75 anos, estava sozinha em casa no momento do rompimento.
A idosa conseguiu se salvar ao abrir o portão e correr antes de a água invadir a residência.
“Ela escutou o barulho, abriu a porta e correu para a rua. A água veio e levou tudo. Geladeira foi parar na sala, a máquina de lavar do quintal veio para o quarto. Ela perdeu tudo”, contou a filha.
A idosa está acamada devido ao trauma, e familiares tiveram de se mobilizar para realizar a limpeza do imóvel, que ficou completamente devastado por dentro.
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) abriu investigação para apurar as causas do rompimento. A Cagepa, responsável pelo reservatório, tem 48 horas para apresentar informações técnicas, incluindo:
Também deverão ser ouvidos o Corpo de Bombeiros, a Polícia Civil e o IPC, que atuaram no atendimento à ocorrência.
Em nota divulgada no sábado (7), a Cagepa manifestou pesar pela morte da idosa e informou que instaurará um processo interno para apurar as causas do rompimento. A empresa afirmou que equipes técnicas e de assistência foram mobilizadas imediatamente, em parceria com a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros.
Por Patos Online
Com informações do g1 PB