Donos e funcionários de Centros de Formação de Condutores (CFCs) — autoescolas — realizam, na manhã desta terça-feira (11), um protesto em frente à Prefeitura de Patos. A mobilização, convocada pelo Instituto Mulheres pelo Trânsito e outras entidades representativas, tem como principal pauta a defesa da valorização da educação para o trânsito e a oposição ao fim da obrigatoriedade das aulas teóricas e práticas para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
O movimento ocorre simultaneamente em várias cidades do Nordeste e utiliza o símbolo NEGO, marco histórico da resistência paraibana, como representação da luta da categoria. Para os organizadores, o símbolo reafirma a postura firme contra aquilo que classificam como “precarização desumana” da formação de novos condutores.
Segundo o Instituto Mulheres pelo Trânsito, o presidente da Câmara dos Deputados, o paraibano Hugo Motta (Republicanos/PB), já recebeu mais de 300 assinaturas — incluindo a maioria dos líderes partidários — para instalar uma Comissão Especial destinada a analisar propostas que podem alterar a formação de condutores no Brasil.
Apesar do amplo apoio, o movimento afirma que o processo está “parado” na Câmara, correndo o risco de ser engavetado. A manifestação em Patos ocorre como forma de pressão para que a tramitação avance e para que a categoria seja ouvida.
As entidades organizadoras alertam que o fim da obrigatoriedade das aulas em CFCs poderia aumentar o número de acidentes, reduzir a qualidade da formação e comprometer a segurança viária. O setor defende que o ensino técnico, teórico e prático é indispensável para motoristas iniciantes.
Por Patos Online
Com informações de RPM Comunicação