Uma agricultora de Patos procurou a imprensa para reclamar da falta de organização durante a distribuição do farelo de soja, promovida pela Secretaria de Agricultura do Município. Segundo ela, o grande movimento e a ausência de um controle eficiente estariam dificultando o acesso dos produtores ao produto, especialmente no momento em que a estiagem afeta a alimentação dos rebanhos.
Em contato à Rádio Espinharas FM, o secretário de Agricultura de Patos, Willame Lucena, explicou que o alto volume de procura é resultado do sucesso e da importância do programa, que tem como objetivo garantir a manutenção do rebanho paraibano. Ele destacou que a iniciativa, implantada pelo Governo do Estado por meio da gestão do governador João Azevêdo, conta com o apoio da Secretaria Municipal de Agricultura e ampliou consideravelmente seu alcance. “Antes, eram apenas nove polos de distribuição. Hoje são 24, o que mostra a dimensão e a necessidade desse programa diante da estiagem severa que enfrentamos, a pior dos últimos 10 anos”, afirmou.
Ele também ressaltou ainda que o principal atrativo do programa é o subsídio oferecido pelo governo, que cobre metade do valor da soja. “Um saco que custa R$ 130 no mercado, aqui sai por R$ 64,75. Esse incentivo é o que faz o produtor vir em busca do farelo, especialmente neste período difícil de seca”, explicou. Ele lembrou que Patos é polo de atendimento para 14 cidades e que o serviço funciona de segunda a sexta-feira de forma igualitária, o que acaba gerando alta demanda e, por consequência, momentos de escassez temporária do produto.
O secretário também mencionou que a metodologia de distribuição adotada em Patos, que organiza os dias de entrega por cidades e faz um rateio das quantidades disponíveis, foi copiada por outros polos do estado, como forma de tornar o processo mais justo e permitir que um número maior de agricultores seja atendido.
“Sempre buscamos uma divisão equilibrada, para que todos tenham acesso. A grande procura é sinal de que o programa está cumprindo seu papel de apoiar o produtor e garantir a sobrevivência do rebanho paraibano”, concluiu Willame.