O senador paraibano Efraim Filho (União Brasil) afirmou nesta manhã estar “indignado e triste” com a prisão preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A detenção ocorreu em atendimento a pedido da Polícia Federal (PF) e foi cumprida por volta de 6h na residência do ex-chefe do Executivo, em Brasília.
Em publicação nas redes sociais, Efraim declarou solidariedade à família de Bolsonaro:
“Meu abraço solidário à sua família, que sofre enquanto tenta manter a serenidade em meio ao caos. Que Deus os fortaleça.
Ele também criticou o uso da Justiça como “arma”, ressaltando que, para ele, a prisão contradiz a ideia de justiça com equilíbrio.
O pedido de prisão foi feito pela Polícia Federal sob o argumento de risco à ordem pública, especialmente após uma convocação para vigília em frente ao condomínio de Bolsonaro feita por seu filho, Flávio Bolsonaro.
Na decisão, Moraes destaca que houve uma suposta tentativa de violação da tornozeleira eletrônica usada por Bolsonaro na prisão domiciliar, o que reforçaria o risco de fuga.
A prisão decretada por Moraes é preventiva, o que significa que não marca o início imediato do cumprimento da pena imposta no julgamento da tentativa de golpe de Estado, que levou à condenação de Bolsonaro.
Em setembro deste ano, o ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por liderar uma organização criminosa armada, tentar abolir democraticamente o Estado de Direito e atacar instituições públicas.
Moraes ordenou que a prisão fosse feita “com todo o respeito à dignidade” de Bolsonaro — proibindo o uso de algemas e exposição midiática durante a detenção.
Além de Efraim Filho, outros políticos manifestaram suas opiniões. Efraim, que é pré-candidato ao governo da Paraíba, já havia criticado decisões anteriores do STF contra Bolsonaro, alegando “dois pesos e duas medidas”.
Ele também assinou um pedido de tramitação de impeachment contra Alexandre de Moraes, conforme noticiado por veículos políticos locais.
Por outro lado, para as autoridades do STF que apoiaram a decisão, a medida era necessária para prevenir riscos reais à ordem e garantir o cumprimento das medidas cautelares previamente impostas a Bolsonaro.
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