Policial Prisão Domiciliar
Justiça concede prisão domiciliar ao pediatra Fernando Cunha Lima, condenado por estupro de crianças
Fernando Cunha Lima foi condenado a 22 anos, 5 meses e 2 dias de prisão por estupro de vulnerável contra duas crianças. Decisão da Justiça aceitou um pedido da defesa que alegou problemas de saúde, e médico será monitorado por tornozeleira eletrônica.
05/12/2025 17h00 Atualizada há 2 horas
Por: Felipe Vilar Fonte: g1 PB
Foto: reprodução

A Justiça da Paraíba concedeu prisão domiciliar ao médico Fernando Cunha Lima, que foi condenado a 22 anos, cinco meses e dois dias de prisão pelo crime de estupro de vulnerável contra duas crianças. A decisão é do juiz Carlos Neves da Franca Neto, da Comarca de João Pessoa, e foi divulgada nesta sexta-feira (5).

A decisão foi em resposta a um pedido da defesa alegando que o médico possui problemas de saúde que não podem ser tratados na prisão. Segundo o documento, o médico possui várias comorbidades, entre elas, doença pulmonar obstrutiva crônica, neurite periférica de membros inferiores, insuficiência cardíaca e tratamento de um câncer de próstata.

O médico será monitorado por tornozeleira eletrônica. Entre as condições para que permaneça em prisão domiciliar, Fernando Cunha Lima deverá:

Fernando Cunha Lima foi preso no dia 7 de março em Pernambuco, e transferido para a Paraíba no dia 14 de março. Desde então, o médico segue preso na Penitenciária Especial do Valentina de Figueiredo.

O médico é réu por estupro desde agosto de 2024 , quando a Justiça da Paraíba aceitou a primeira denúncia contra ele, mas negou o pedido de prisão preventiva. A decisão pela prisão veio em 5 de novembro de 2024. Neste mesmo dia, a Polícia Civil tentou cumprir o mandado contra o acusado e não encontrou o acusado em casa. Desde então ele era considerado foragido.

Acusações de estupro

Fernando Paredes Cunha Lima foi denunciado por estupro contra seis crianças que eram suas pacientes.

A primeira denúncia formal de estupro de vulnerável contra o pediatra Fernando Cunha Lima aconteceu no dia 25 de julho de 2024. A mãe da criança, que estava no consultório, disse em depoimento que viu o momento em que ele teria tocado as partes íntimas da criança. Ela informou que na ocasião imediatamente retirou os dois filhos do local e foi prestar queixa na Delegacia de Polícia Civil.

Após a primeira denúncia, uma série de vítimas começaram a procurar a Polícia Civil, inclusive uma sobrinha do médico, que relatou ter sido abusada por ele em 1991. Na época, não houve uma denúncia formal, mas o fato ocasionou um rompimento familiar.

Fonte: g1 PB