Policial Feminicídio
Delegada detalha dinâmica de feminicídio cometido por policial na Paraíba; militar alegou que entrou em “surto”
Cabo Luiz Miguel foi preso após confessar os disparos que mataram a esposa, Elida do Nascimento Silva, de 22 anos, no Agreste da Paraíba
07/12/2025 06h00 Atualizada há 10 horas
Por: Felipe Vilar Fonte: Patos Online
Foto: reprodução

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Campina Grande confirmou, neste sábado (6), os detalhes do feminicídio que vitimou a jovem Elida do Nascimento Silva, de 22 anos, morta a tiros às margens da rodovia estadual PB-095, entre os municípios de Massaranduba e Serra Redonda, no Agreste da Paraíba. O autor do crime é o policial militar identificado como cabo Luiz Miguel, que foi preso após confessar o assassinato.

De acordo com a delegada Renata Dias, a equipe da DHPP foi acionada por volta das 5h da manhã, após o próprio policial informar que havia acabado de matar a ex-companheira. Quando os investigadores chegaram ao local, o suspeito já estava detido por outros policiais militares, e a arma utilizada no crime havia sido apreendida.

Ainda segundo a delegada, o casal retornava de um bar em Campina Grande, onde já havia ocorrido uma discussão. Durante o deslocamento até a residência da vítima, na cidade de Ingá, o desentendimento recomeçou. Em diversos momentos, Elida teria tentado descer do veículo ainda em movimento.

Em seu relato na delegacia, o cabo afirmou que, ao parar o carro, a vítima desceu e teria tentado agredi-lo. Neste momento, segundo o próprio acusado, ele teria entrou em surto, sacado a pistola e efetuado vários disparos, sem conseguir precisar a quantidade. A perícia confirmou que a jovem foi atingida por diversos tiros, o que caracterizou o feminicídio.

As investigações também apontam que o relacionamento era marcado por conflitos. Conforme apurado pela Polícia Civil, o casal mantinha um relacionamento considerado tóxico e havia iniciado um processo de divórcio há cerca de um mês. Apesar disso, eles estavam tentando uma reconciliação, que não era bem vista nem pela família da vítima nem pelos familiares do autor.

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O policial foi conduzido para a Central de Polícia de Campina Grande, onde permanece à disposição da Justiça. O caso segue sob investigação da DHPP, que dará continuidade aos procedimentos para a conclusão do inquérito e responsabilização criminal do acusado.

Por Patos Online