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'Não teremos recurso para pagamento de 13º', diz superintendente dos Correios em reunião no TST
Afirmação foi feita durante audiência de conciliação com trabalhadores. Os Correios enfrentam crise financeira e tenta conseguir apoio do governo federal para obter empréstimos e honrar compromissos.
13/12/2025 11h45
Por: Marcos Oliveira Fonte: g1
Foto: Reprodução

O superintendente-executivo de Gestão de Pessoas dos Correios, Alexandre Martins Vidor, afirmou nesta quinta-feira (11) que a companhia não terá recursos para pagamento de 13º salário dos trabalhadores.

“Nós não teremos recurso para pagamento de décimo terceiro salário”, afirmou Vidor, durante uma reunião com o sindicato da categoria no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

No mesmo encontro, a diretora de Gestão de Pessoas da empresa, Natália Teles da Mota, afirmou que a empresa não tem como arcar com a folha salarial de dezembro.

“Hoje eu tenho uma folha em dezembro que supera R$ 1 bilhão, que eu não tenho como pagar”, disse.

Um vídeo com as afirmações tem sido compartilhado entre os trabalhadores dos Correios. A sequência não inclui a íntegra da reunião.

A empresa pagiu a primeira parcela do 13º salário em 28 de novembro. A segunda parcela tem de ser paga até 19 de dezembro.

Procurada pelo g1, a empresa afirmou que nenhum benefício está suspenso neste momento.

O g1 procurou a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) e a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Findect), que participaram da reunião no TST, mas não obteve resposta.

Correios tentam obter ajuda do governo para honrar compromissos
A empresa enfrenta uma crise financeira e, em 2025, acumulam prejuízo de R$ 6 bilhões até setembro. O último trimestre foi o 13º consecutivo no vermelho.

O governo federal negocia alternativas para socorrer a empresa, incluindo um empréstimo com aval do Tesouro Nacional e a possibilidade de um aporte direto de recursos públicos.

Na quarta-feira (10), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicou que o governo federal pode injetar recursos públicos na companhia.

Fonte: g1