A AESA projeta que, entre janeiro e março de 2026, as chuvas nas regiões do Cariri, Curimataú, Sertão e Alto Sertão tendam a ficar de normal a abaixo da média, com variações no tempo e no espaço. O enfraquecimento do fenômeno La Niña aumenta a imprevisibilidade do clima no país, o que reforça a necessidade de planejamento hídrico no semiárido.
O cenário chega enquanto o Sertão paraibano atravessa um período prolongado de estiagem, com impactos na agropecuária, redução de volumes em açudes estratégicos e maior pressão sobre o abastecimento urbano.
Em Patos, conhecida como a “Capital do Sertão”, a crise hídrica levou a Cagepa a adotar racionamento desde novembro de 2025, após um dos reservatórios (Barragem da Farinha) que atende a cidade registrar menos de 2% do volume útil. Segundo comunicados oficiais e reportagens locais, o esquema prevê interrupção do abastecimento por dois dias na semana e rodízio por setores e bairros, com orientação para uso racional e armazenamento seguro de água.
Para as próximas 24 horas (quinta, 18 de dezembro), a AESA indica aumento de nebulosidade, tempo quente e abafado, com possibilidade de chuvas isoladas no Alto Sertão e Sertão, além de eventos fracos e isolados no Leste do estado. A combinação de calor, umidade e núcleos isolados de instabilidade pode provocar precipitações pontuais, mas sem reverter, por ora, o quadro de déficit hídrico no interior.
Resumo da projeção
Patosonline.com