Os vereadores Heber Tiburtino e Júnior Contigo voltaram a alertar, durante sessão na Câmara Municipal, para a gravidade da crise hídrica enfrentada pelo município de Patos, no Sertão da Paraíba. Ambos defenderam união política e medidas estruturantes urgentes para garantir o abastecimento de água à população.
Em seu pronunciamento, o vereador Heber Tiburtino destacou que Patos possui força política suficiente para avançar em soluções definitivas, como a transposição das águas do Rio São Francisco ou a construção de uma nova adutora. Ele citou a atuação do deputado federal Hugo Motta, do prefeito Nabor Wanderley e da deputada estadual Francisca Motta como fatores que fortalecem o pleito do município.
Segundo Heber, o momento exige que interesses individuais e divergências políticas sejam deixados de lado. “A gente quer água. Isso é planejamento. Precisamos tirar do papel a retórica de que as águas do São Francisco não chegam até Patos”, afirmou. O parlamentar também alertou para o colapso hídrico em municípios vizinhos, como São José de Espinharas, e para a situação crítica da zona rural de Patos, que já se aproxima do colapso. Ele solicitou ainda que a Casa aprove um requerimento para envio de ofício ao deputado federal Hugo Motta, reforçando a preocupação do Legislativo municipal com o tema.
Já o vereador Júnior Contigo Continua relatou visitas recentes a reservatórios da região, como o Tubarãozinho e a Barragem da Farinha, e descreveu um cenário alarmante. “Fiquei surpreso. Não tem água. A situação é muito complicada”, disse. Ele chamou atenção para a desigualdade enfrentada pela população, ressaltando que muitas famílias não têm condições de comprar água mineral.
O parlamentar também criticou a forma como está sendo feita a distribuição de água por bairros em Patos, classificando o sistema como mal conduzido. Segundo ele, moradores chegam a passar cinco ou seis dias sem abastecimento, inclusive no bairro Jatobá, onde reside. “Você liga o purificador e não entra água, porque não tem água nas torneiras”, relatou.
Além disso, Júnior questionou a demora na execução da adutora de Coremas a Patos, projeto já anunciado por representantes da Cagepa e pela Secretaria de Infraestrutura do Estado. Para o vereador, embora a obra não resolva completamente o problema, pode amenizar significativamente a crise.