Em áudio enviado à equipe do Patosonline.com nesta manhã de segunda-feira (29), o Diretor Técnico do Complexo Hospitalar Regional de Patos, Dr. Pedro Augusto, falou sobre o falecimento da Técnica de Enfermagem, Josefa Adriana Veras da Silva, de 42 anos, que estava de plantão na unidade na noite de ontem (28) e foi encontrada sem vida.
Conforme Dr. Pedro Augusto, Adriana era Técnica de Enfermagem do Bloco Cirúrgico do Hospital e há alguns anos vinha tratando um quadro depressivo, sendo acompanhada tanto pela equipe de coordenação, como por psiquiatras e psicólogos: "A gente sempre manteve ela trabalhando pra que a gente participasse desse processo terapêutico dela", disse.
O diretor informou que Adriana era uma profissional exemplar, sem histórico de faltas, e ontem (28) ela assumiu o plantão às 07h, permanecendo durante todo o dia, participando de todas as ações do Bloco Cirúrgico. Porém, à noite, durante seu horário de repouso, foi encontrada desacordada e o médico plantonista infelizmente confirmou o óbito.
Dr. Pedro Augusto disse que a perícia foi acionada e durante os primeiros levantamentos notou-se que próximo dela encontrava-se uma seringa e uma ampola de uma substância neurobloqueadora, o Rocurônio. O médico destacou que alguns hematomas no braço sugeriam que a vítima havia feito uma autoadministração intravenosa dessa substância, que tem a função de bloquear toda a parte muscular do corpo.
"Como ela tinha alguns hematomas no braço, sugeria que ela tinha feito uma autoadministração dessa substância, que tem a função de bloquear toda a parte muscular e em consequência disso o paciente para de respirar, porque para o músculo que é o diafragma, e o paciente vem a falecer por hipóxia, por falta de oxigênio", comentou.
O médico destacou que ainda aguarda o resultado do exame toxicológico do IML para saber se a substância realmente estava no sangue da profissional, mas é muito provável que sim. Ele frisou que toda assistência tem sido prestada à família.
"A gente ainda precisa do exame toxicológico do IML, para saber se essa substância realmente estava no sangue da Adriana, mas é muito provável que sim. A gente prestou toda assistência à família, que foi imediatamente localizada e que veio ao hospital pra que participasse desse processo de períciae. Infelizmente, nós estamos todos abalados com o que aconteceu dentro do nosso hospital", finalizou.
Ouça mais detalhes abaixo:
Dr. Pedro Augusto, Diretor Técnico do Complexo Hospitalar Regional de Patos
Após a liberação do seu corpo pelo Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (NUMOL), haverá velório no espaço da Master Digna, em frente à Câmara Municipal de Patos, no Bairro Belo Horizonte, em Patos. Já o sepultamento acontecerá na cidade de Princesa Isabel.
Adriana era natural de Carnaíba, município localizado na microrregião do Pajeú, estado de Pernambuco, e trabalhava como funcionária efetiva do Hospital Regional de Patos há cerca de 15 anos. Além disso, também servidora pública efetiva do Município de Patos, onde atuava em uma Unidade Básica de Saúde. Ela deixa três filhos, um homem e duas mulheres.
Por Patosonline.com