Durante sessão na Câmara Municipal de Patos, na última terça (25), o vereador Rafael Policial se pronunciou sobre a necessidade da Delegacia da Mulher funcionar 24 horas na cidade. A reivindicação foi levantada pela presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Samara Oliveira, e Rafael, que também é policial civil, destacou a falta de efetivo como o principal entrave para a ampliação do atendimento.
"Eu posso falar com propriedade, porque eu conheço. Não tem efetivo. Então, se não tem efetivo, como vai funcionar uma delegacia?" questionou Rafael, ressaltando que a segurança pública na região sofre com um déficit significativo de profissionais.
O vereador mencionou o recente concurso público para a Polícia Civil anunciado pelo Governo do Estado, mas apontou que, apesar da nomeação de novos agentes, a deficiência no efetivo ainda é alarmante. "Temos uma deficiência de quase 4 mil homens. O Sertão recebe nomeações, mas muitos policiais passam 15 dias e voltam para a capital. Como montar um plantão extraordinário se não há pessoal suficiente?" destacou.
Ao se dirigir à vereadora Brenna, Rafael reforçou que a segurança pública é uma pauta essencial para Patos e que seu papel como vereador inclui trazer essas questões para debate. Ele recordou sua atuação em movimentos em João Pessoa na luta por direitos e reafirmou a importância da política para melhorias no setor.
O vereador também rebateu afirmações de que Patos não enfrenta altos índices de violência doméstica. Ele relatou que estava de plantão no dia do feminicídio de uma jovem farmacêutica na cidade e que, além desse caso, foram registradas outras cinco ocorrências de violência doméstica na mesma noite. "Quem diz que Patos não tem essa estatística de violência doméstica está enganado", afirmou.
Para relembrar o caso do feminicídio, acesse a matéria completa: Farmacêutica de 34 anos é morta a facadas em Patos; ex-companheiro é preso em flagrante.