Policial Luto
Morre mulher de 58 anos vítima de incêndio no bairro Santa Clara, em Patos; filha e neto seguem internados na UTI
Ela foi uma das três vítimas do incêndio ocorrido na noite do último sábado (31), em uma residência no bairro Santa Clara, em Patos.
04/06/2025 16h47 Atualizada há 2 dias
Por: Felipe Vilar Fonte: Patos Online
Foto: reprodução

Faleceu no início da tarde desta quarta-feira, 4 de junho, no Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande, a senhora Maria Faustino Lucena, de 58 anos. Ela foi uma das três vítimas do incêndio ocorrido na noite do último sábado (31), em uma residência no bairro Santa Clara, em Patos.

A informação foi confirmada pela assessoria de comunicação do hospital. Segundo o boletim mais recente, divulgado na manhã desta quarta, Maria Faustino teve cerca de 40% da superfície corporal queimada, permanecia internada na UTI sob ventilação mecânica e apresentava um quadro considerado grave. A equipe médica previa uma reavaliação nos próximos dias com possibilidade de diminuição da sedação, no entanto, o estado de saúde dela se agravou, e o óbito foi confirmado às 12h50.

A filha de Maria, Kelly Keltylly Faustino Lucena, de 33 anos, também foi vítima das chamas e permanece internada na UTI. De acordo com o médico Dr. Bráulio Queiroz, ela sofreu queimaduras em mais de 60% do corpo, com lesões em face e membros, e segue entubada sob cuidados intensivos, sendo acompanhada por uma equipe especializada em cirurgia plástica e pelo médico intensivista.

O bebê da família, com 1 ano e 4 meses, também foi internado na UTI Pediátrica e precisou ser entubado após apresentar desconforto respiratório. A pediatra Dra. Noadja Andrade informou que, embora a queimadura na criança não seja grave em extensão ou profundidade, a região afetada — a face — provocou um edema que comprometeu a via aérea, exigindo a entubação preventiva. A médica destacou que a criança está hemodinamicamente estável, com sinais vitais dentro da normalidade, apesar de permanecer sedada.

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O caso gerou grande comoção na cidade de Patos e segue sendo acompanhado pela equipe médica do Hospital de Trauma de Campina Grande.

Causas do incêndio

A Polícia Civil esteve no hospital de Patos colhendo depoimentos de testemunhas e já instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias do incêndio. A investigação segue em andamento, mas o caso já foi classificado como incêndio criminoso qualificado, o que pode agravar a responsabilidade penal.

O delegado Claudinor Lucio, que esteve no hospital para acompanhar o atendimento às vítimas, informou ao jornalista Pabhlo Rhuan que a principal suspeita recai sobre a própria dona da casa, Kelly, que também ficou ferida.

Por Patos Online